Colombo à Bocaiúva
Prezado leitor, você deve ter percebido que o odois anda bem sociável (saidinho, até, eu diria). E, pasme, isso está virando costume mesmo. Mas, como o objetivo aqui não é discutir costumes ou sociabilidade, não vamos discutir costumes ou sociabilidade. Vamos aos fatos.
Então, leitor, manja o Talharini? Aquele mesmo, o navegador de prévios passeios parceiros (vai dizer que já não leu isso aqui ou ali?). Então. Decidimos devolver a "guiagem" prestada: criamos um roteiro, elaboramos o projeto, convidamo-se-me-lo, ele replicou para seus (e também nossos) amigos e - e adivinha? Ele não pode ir. Bom, se o convite naufragou, o passeio não. Falhas de sociabilidade (que não deveria ser discutida) à parte, vamos aos fatos.
A verdadeira origem deste projeto remonta a um antigo email de um leitor do odois (assim como você, caro leitor!) que nos sugeriu o caminho, explicando que uma possível ligação entre Colombo e Bocaiúva do Sul renderia um bom pedal. Depois de muitas navegadas virtuais no GoEth conseguimos traçar a nossa amiga rota e botar no GPS (no bom sentido). Mas isso tudo ainda faz parte da sociabilidade, então não discutamos, vamo-se-me-nos aos fatos.
- Interrupção do 2ºeditor
- Dá pra parar com a discussão de sociabilidade que não deveria ser discutida e começar com os fatos de verdade? Começa apresentando os novos amigos - já que veio a massa do talharini, mas o talharini em si não veio...
Tudo bem, não precisava ser tão anti-sociável. Da vasta lista de contatos cicloturísticos do grande Rondeli, três aceitaram o convite, confirmados por celular. Encontraria-se-me-nos-los na igreja do Sta. Cândida. Pedal companhia surpresa, daqueles que vem junto com o pacote de cheetos ou dentro do kinder ovo.
Esperamos. Os primeiros a chegar foram o Adilson e o Gassner - e, papo-vai, papo-vem, descobrimos que já haviamos conversado com o Gassner por e-mail antes. Esperamos mais um tanto e chegou o Sartori - para nossa surpresa, o Lulis já o conhecia e, inclusive, já tinham tentado combinar algum pedal há tempos (nada melhor que um convite atravessado para concretizar). Descobrimos então que praticamente todo mundo já tinha sido descoberto - e assim, como remonta a própria história do nosso continente, o mérito da descoberta não era completamente do famoso navegador...
Seguimos direto para Colombo (a cidade, não o famoso navegador) pela rodovia da uva. Pequena pausa para acordar o GPS e lá vamos nós: primeira tentativa de usar a função rota. Alguns metros depois já estávamos parados, tentando descobrir o que estava errado - a rota, o GPS ou o navegador (ou todos eles ao mesmo tempo, ocupando o mesmo lugar no espaço). Muita briga de barend e reprogramação de rota depois, prosseguimos navegando devidamente roteados em velocidade de cruzeiro.
- Nota semântica
- As boas risadas e as conversas com piadas compatíveis nos fizeram compreender que, independente dos costumes e da sociabilidade, o cicloturista de raiz (aquele cicloturista mandioca suja, mesmo) fala a mesma língua, ri das mesmas piadas e consegue compartilhar ironias tecnológicas de forma geek. Ainda não sabemos se cicloturistas, em geral, usam linux porque pedalam ou pedalam porque usam linux (ou se pedalam e usam linux porque são fresquinhos), mas o importante é que no meio do passeio já parecia que todo mundo se conhecia desde... desde... bem, desde manhã cedo, mas se conhecia bem.
Depois de um bom pedal por estradinhas com diversos entroncamentos, uma pequena pausa no centro de Bocaiúva para bolachear. Nem deu tempo de tentar dizer que o restante era fácil, pois logo à frente ainda tínhamos que enfrentar algumas boas subidas terceirizadas (aquelas que já vem com terceira faixa).
- Bolachear¹
- v.t. (lat. biscoctus) 1. Ato ou efeito de não realizar ato ou efeito diretamente relacionado ao ato ou efeito de pedalar durante uma expedição cicloturística. 2. Tudo que se faz em uma pedalada, exceto pedalar.
(¹) Termo originalmente atribuído ao filósofo grego Thitágoras.
Encerramos animados, concluindo que essa foi uma típica expedição de cruza (veja bem, cruzando municípios e contatos), capaz de incitar muitas outras parcerias vindouras. Que venham!

esperando no santo ponto de encontro: du, thi, gassner, adilson

agora sim, o último elemento (último pois atrasado), sartori

ah, sim, e o lulis por trâs das cameras (tem várias cameras ali na frente, ó)

estradinhando, eis o navegador oficial do odois

agora sim: terra!!! mais estradinha - e descidaaa...

pergunta: como é que uma árvore faz para atravessar a rua?

siga o navegador oficial do odois e não erre! (follow firefox, not "r"!)

tobateando? não, só esperandinho... é que o gassner é fotógrafo também...

o du e o.... hei, sartori não é marca de piano, não?

tobateando, só que sem a tobata - mas com as trombetas

fugimos da rodovia da UVA porque os óculos do thi são contra UVA e UVB

tempinho ameno e mais uma descida se anunciando

alguém tinha dito descida? mentiu! mas agora estamos no topo, certo?

certooooooo...

acho que o sartori se atrasou porque é difícil carregar piano de cauda

a cara do du: não creio que você fez essa piadinha sem graça!

tudo bem, nem tinha graça mesmo. a marca de piano é essenfelder

piada interníssima que deve figurar (com figura mesmo) em breve no imaginário

mais uma daquelas subidas pra cima que só sobe até começar a descer

o grande gassner (grande como o thi (no bom sentido, claro))

quase em bocaiúva, partamo-se-me-nos para bolachear um pouco

pano de fundo infantil: manhê, cadê os ciclistas? o fusca comeu!

agora sim, bolacheemo-se-me-nos!

cicloturismo de raiz é assim mesmo, mas tem um monte de florzinha!

não falei? olha a florzinha aí!

a gente gosta mesmo de flozinha - va dizer que não é bonito?

mais um plano de fundo de florzinha e chega. só mais esse

tá, tá. chega de florzinha laranja, as outras podem aparecer

placa de "caminhões e tobatas mantenham a direita", só que sem a tobata

o lulis achou um sofá pra descansar - thi, recolhe ele antes que levem!

pedalar no plano é uma questão de ótica

é, furou o pneu do thi e ficou o odois pra trás...

encontramos o pessoal bolacheando mais à frente, só que sem as bolachas

os meninos de óculos brigando porque um pegou o do outro (o óculos, claro)

e no fim os óculos tiveram efeito: nada de voltar pela rodovia da UVA

gassner prestando suporte por celular (ah, dá uma colher de chá pra ele!)

chegando pelas obras, uma região bem desmarcada

issaê! não chegou às sapatilhas de um pedal pela patagônia, mas foi divertido!