Tem pedal em que você convida a cidade inteira, mas custa conseguir meia-dúzia de rodas confirmadas. Tem outros em que nem você sabe se vai, mas na hora aparecem dezenas de capacetes pra cima e pra baixo, levando os respectivos ciclistas pra passear. Esse, algébrico leitor, foi um destes pedais de múltiplos capacetes.

Desmistificando os até-anos-atrás invisitáveis reservatórios históricos do carvalho e carvalhinho, a grande trupe (odois, twoway e agregados) foi guiada pelo Mildão para um incursão de acesso garantido. Não por mal, mas antigamente o acesso era restrito a funcionários da Sanepar. Hoje tem até atendimento dedicado ao turista - ligue djá!

Em uma visita de final de semana é possível molhar os pés na represa do caiguava (essa, ativa!), conhecer a aldeia indígena e passear pelas antigas represas que um dia serviram a então infante capital paranaense. No melhor estilo caminho do itupava, ainda se pode curtir algumas tantas opções de trilhas por ali.

Isso nos dias passados, atemporal leitor - hoje nada se pode garantir. Ligue antes de ir e evite perder a viagem.

"A visitação só é liberada para as Represas Carvalho (maior), Carvalinho (logo acima) e Caixa do Salto (uma pernadinha raṕida). Para chegar ao Ipiranga e Ipiranguinha (bem mais pra cima pela serra), só com autorização prévia."

Estudioso Mildão (2013)

Para bom entendedor, meia visita à Piraquara basta para tropeçar no pastel do Morro do Canal. E para lá se foram os capacetes ávidos por renovar energias e carimbar o cartão fidelidade. Ô Mildade à parte, um belíssimo ensaio represado pelo nosso gastronômico Mildão. Quem não conhece que atire o primeiro prato.