Mariquinha ao Buraco
Depois de muito viajar, digo, divagar sobre um destino para o sete (o sete de setembro), acabamos por acatar e reforçar o convite do Vina: realizamos a travessia da Cachoeira da Mariquinha até o Buraco do Padre, idéia que nasceu ainda durante a expedição a Ponta Grossa.
Uma viagem de belas imagens, bons sustos e publicação controversa... Dado o pouco quórum de componentes no 5º aniversário do odois, ainda estamos discutindo se isso foi uma comemoração de aniversário ou não.
- Editor 1: Foi comemoração, sim!
- Editor 2: Não foi, não!
A chuva atrasou um pouco nossa saída, mas o insistente vento contra atrasou muito o nosso percurso... O nosso único consolo era pensar: todo vento contra será recompensado na volta, irmão! E o irmão concordava, esperançoso.
Tínhamos combinado de encontrar o Vina e os demais (que foram de carro) direto na Mariquinha (já vi essa história antes...). Pouco antes de chegar, já anoitecendo, visitamos as, as... como chamam aquilo mesmo? Dolinas! Sim, visitamos as dolinas próximas da estrada para a Mariquinha.
- Você quis dizer: Colinas?
- Doliuna, doliduas... Não, não erramos a grafia, amigo buscador: não são colinas, são dolinas mesmo! Eu diria que uma dolina é praticamente a negação de uma colina, mas se você quer mais precisão na descrição você pode pesquisar melhor...
Acabamos por chegar na Mariquinha bem tarde, finalizando com uma queda do lulis a menos de 100m do fim do percurso. Ainda tentamos pregar um susto nos amigos que nos esperavam (e no cão que eles haviam adotado por lá), mas eles já estavam por demais assustados com nossa demora...
Sol! Inesperado sol, mas bem vindo sol! Levantamos dispostos a fazer a bendita travessia - e o cão também! (não, não queríamos fazer o cão, cãofuso leitor, o cão queria fazer a travessia também... tanto que nos acãopanhou por toda ida!)
Depois de muito caminhar por caminhos novos em belas paisagens, chegamos ao Buraco do Padre. Apreciação: o lugar é mesmo lindo. Subimos, tomamos banho de rio e iniciamos a volta. A volta (sem o cão) começamos por cima do buraco - começou bem, mas no final foi o cão! Vales (dolinas?) após colinas (colinas!) após vales (dolinas?) após colinas (colinas mesmo!) que nos obrigavam a sair do rumo para prosseguir com a caminhada... Sem saber como voltaríamos ao rumo certo, quase anoitecendo, conseguimos transpor um vale por sorte, num dos pontos aparentemente mais intransponíveis...
Chegando na mariquinha ainda deu pra ver o pôr-do-sol-já-posto (posto também que pudemos ver um belo nascer da lua perto das 13h). Ao jantar, como acabou o gás do fogareiro ainda durante o feitio do molho, comemos uma variedade de macarrão no estilo cebola ao molho pene - pene pra comer! =)
Acordamos cedo para partir cedo - afinal pedalaríamos! Ainda deu tempo de conhecer uma irmã menor da mariquinha antes de sair. A chuva esteve chovendo um pouco, e o vento esteve ventando muito novamente. Só que agora ventava para o outro lado. Assim como nós... é, irmão, agora aguente!
Antes do primeiro pedágio vina nos alcançou - e o povo nos deixou um pouco do que restou da comida do acampamento. Estávamos num estado tão desolador (fruto da batalha contra o vento) que por pouco não começou a parar mais gente pra fazer doação aos pobres cicloturistas...
Chegamos tarde à Curitiba, batendo os dentes (cada batendo os seus), felizaniversariando mais um ano de odois. Ou não, caro editor, ou não...
Expediente #
Texto, fotos e comentários por lulis.
Pedalado por du, lulis, fer, thaís, rafa, vina.
Publicado em 15 mai 2009.