PP e Camelos
Você deve estar se perguntando porque o PP (não é língua do P, é PP de Pico do Paraná) está figurando novamente aqui entre as aventuras do odois. Se você olhar para trás (site de auto-ajuda) verá que já fizemos uma expedição com ida e volta no mesmo dia ao cume do PP. Mas, se com alguma atenção você observar, o tempo estava propício para ficar em casa em tal ocasião. Como a nossa pretensão era de ver muito mais que nuvens, voltamos ao PP com um pouco mais de tempo (e de amigos) para empreender uma ascensão com tempo bom (isso foi praticamente uma frase de dois tempos).
Sem mais delongas, consulte as indispensáveis fotos e o texto de cada um dos dias dessa que foi uma das expedições com mais fotos estilo pano de fundo do computador. Veja a montanha mais alta do sul do Brasil a partir dos Camelos (outra montanha da mesma cadeia) e de muitos outros ângulos (sofremos uma descentralização de acampamentos explicada na seqüencia).
Nada mais animador do que ir para o Pico Paraná sem a preocupação de ter que voltar no mesmo dia (vide investida anterior). Uma manhã amistosa já demonstrava (embora sem muita certeza) que o dia seria muito bom para observação em montanha. Algumas horas pela tradicional Estrada do Alfaville e também pela nem-tão-legal-nem-divertida-e-um-tanto-feia BR116 e já estávamos no acesso de saibro para a Fazenda do Pico Paraná.
Nossos amigos-convidados, não tão encorajados, nos encontraram de carro lá mesmo. Mais um bom tempo de preparação de equipamentos e transformação ciclista > montanhista e estávamos na trilha. A primeira e principal preocupação do grupo era o local de acampamento e o objetivo do dia. Embora, de maneira entusiasta, o cume interessava, havia boatos de acampamentos cheios para cima (existem duas áreas na trilha do PP para acampamentos).
Passando o Morro do Getúlio e a bifurcação com o Caratuva, foi possível dar "bom dia" para a grande massa do PP ao fundo (este ainda não visto por muitos nesse estado tão limpo e claro). Em alguns momentos já estávamos no primeiro espaço para acampar - A1. "Muito longe do cume" foi a conclusão tirada por todos. Nesse momento já tínhamos uma divisão no grupo. O Arce e as suas convidadas Aliny e Naiana seguiram com o objetivo de dormir no cume (provável bivaque confirmado depois).
O sol já perdia sua força quando chegamos ao A2, segunda e última área de acampamento antes do cume. Depois de muitas possibilidades e discussões sobre ir ou não ir à alguma parte, tivemos uma nova divisão: Dú, Lulis, Thiago e a convidada Paty seguiram para uma área isolada na montanha ao lado, chamada Camelos. O Cheps (então como convidado) e o Vina (que já nem precisa mais ser convidado) ficaram no A2.
Fechamento do dia para o grupo do Camelos. Totalmente desconhecida, essa montanha rendeu uma caminhada leve de 40 minutos e mais um desbravamento com direito a caminho furado e frustração. Mesmo assim, as barracas foram montadas em um lugar com uma vista ímpar e diferente para a face sul do Pico Paraná, um pouco abaixo dele. O céu limpo pela noite proporcionou uma visualização ao longe de luzes no horizonte. A força do vento embalou a fria noite na cela entra o PP e o Camelos.
Fechamento do dia para o grupo do A2. Além de muito descanso, por ser o primeiro grupo que parou, uma surpresa durante a noite. Uma aranha grande pica o Cheps. Além de prendê-la em um vidro, nada mais foi feito enquanto o jovem rapaz se recuperava.
Fechamento do dia para o grupo do cume. Chegando ainda de dia no cume, Arce e suas amigas puderem vislumbrar um pôr-do-sol com a vista de Antonina e todo o Litoral, além de toda a região de Curitiba do outro lado. Sem maiores surpresas, o bivaque foi a solução para dormir.

o dia nem parecia tão promissor assim...

mas a gente não perde o bom humor, toca pedalar

assim o horizonte já parece outro - ligue as turbinas, dú

ainda na estrada, agora sim, uma prévia animadora do que nos aguarda

pra quem tem muita imaginação e assistiu história sem fim

é cara, é alto e tá longe - tanto que nenhum desses aí é o pp

go, go, guys! carga pesada, humn?

eh, carga pesada... opa, espera eu!

ah, claro que carga é barra, mas o relevo daqui é o que pega

dá uma olhada na beleza que nos aguarda - e isso é só caminho...

algo estranho - cadê as bicicletas? quem são estas pessoas? onde está wally?

ah, sim, devidamente entrilheirados, em boa companhia, rumo ao pépe! (que cara, paty!)

o vina poser, tão convidado que nem precisa mais ser convidado pra ser convidado

pois, esse tal de cheps: não tinha morrido, deixado o grupo ou virado fumaça?

lulis! na pedra não, olha as meninas aí! (que cara, paty!)

boneco arcílio modelo batoré ciclista boia-fria esquisofrênico

boneco dú modelo pastor do cajado alto (qua cara, paty!)

ah, essa é a naiana super zen convidada do arce

não dá pra ver, mas dá pra imaginar, né: que cara, paty!

a represa do capivari, estávamos por ali agora há pouco

eduardo aventureiro selvagem madeixas ao vento, procura

ainda pelo getúlio? toca que tem muito caminho pela frente

pp à primeira vista, um elo perdido (mesmo que as correntes estejam longe, nas bicicletas)

pp, camelos e a paty (poxa, paty, tô começando a achar que vc não tá gostando)

o pp completamente desnudo, vale muito a poucos vales daqui

o ciririca, ermo, e porque não dizer, ermão da montanha

a aliny, convidada do arce, em um golpe de vista enganoso: mais alta do que o pp

arce pronto para o ataque (ao pp), du com um sorriso estranho e ciririca atrás

pp (putaqueopariu!), que vista do pp (picoparaná)!!!

o mesmo pp, inacreditavelmente nítido, chegando junto pela direita

o pessoal do primeiro grupo já toma distância seguindo o arce na fuga do pelotão

responda rápido: quantas caratuvas você vê nesta foto?

thiago madeixas selvagens aventureiro ao vento, procura

eduardo selvagens ao vento, humn, encontrei!

mais uma mega visada do, do.. do falso cume, o pp mesmo tá atrás!

ó gajo, caminha que tem um tipo quase a sombrear nosso lado, ó pá

gente, cuidado pra não perder alguém no meio disso... ei, espera eu!

mais uma divisão: vamo-nos para os camelos

aha, a paty com uma carinha mais alegre em uma foto tipo anúncio de companhia aérea!

camelos, aguadem! poxa, parecia ser tão mais perto...

vamo, gente, que ainda tem que camelar um bom tanto!

vai, agora: sol vocês dois!

e nós do grupo mais odois (75%) seguimos e seguimos e seguimos em busca dos camelos

enquanto isso, perto do cume do pp...

poxa, isso não é justo, eles tinham muito sol ainda!

de volta ao 02, um pouco do pp (o arce tá lá!) e o tupipia que vive na sombra dele

gente, essa camelada foi realmente longa - e nem acabou, vamos!

tupipia e face sudeste do pp num angulo que revela melhor seu angulo...

e aqui nos despedimos do sol por hoje. obrigado por aparecer por aqui!

uma vista mais próxima do ciririca, já subindo na primeira corcova

um angulo ainda mais angular da revelação da penhascosa face sul do pp

vambora, gente, não adianta só foto bonita, ainda temos que chegar na segunda corcova!

isso foi o mais proximo que chegamos do extremo do camelos, já estava anoitecendo...

tudo bem, mas fique ciente: nós voltaremos! antes que você desmorone!

de volta ao grupo 1: poxa, vocês ainda tinham sol!!!

podem se preparar porque não vai ser mole e nem quente bivaque aí alto

uma privilegiada vista da despedida diária do sol...

e pra quem lembra, ele: doug funny - sou eu!

hasta el proximo dia, hirro de puta (seio leiter, sun of a beach)
O pessoal que estava no cume curtiu o amanhecer e já se deslocou para o A2 encontrar com os outros e então em seguida partir correndo para a base. O grupo do camelos voltou para o A2 para se juntar ao Cheps e o Vina e fechar um grupo de ataque ao cume. O Cheps e a Paty optaram por ficar no A2 esperando, para se reabilitar pensando na volta, considerando que ir e voltar do cume aumentaria 1:30h no tempo de atividade.
Seguiram então: Vina, Thiago, Lulis e Dú rumo ao cume da montanha mais alta do sul do Brasil. A vista lá de cima era muito diferente do projeto anterior. Das nuvens de antes se descortinou uma seqüencia de montanhas como o Ciririca e o Caratuva e ainda, o litoral paranaense: Antonina, Morretes, Paranaguá e outros.
Alguns bons minutos de contemplação e chegou a hora de reencontrar a carga e os companheiros para iniciar a descida. Com alguma pressa, alguma técnica, e muita piada, descemos ao encontro do primeiro grupo. Chegando na base, novamente a super-mutação: montanhista > ciclista. O Arce se junta aos outros componentes do odois: Dú, Lulis e Thi - e o pedal recomeça. Uma despedida àqueles que dos veículos automotores se utilizam e mais 58 km até chegar em casa.
A primeira noite-em-alta-montanha do odois foi sem dúvida recompensadora e suficientemente inspiradora para muitos outros projetos que vem por aí...

a lua, eu e pepê, pepê e eu (mesmo que eu esteja atrás da camera)

o acampo odois retorna à corcova para assistir o sol nascer

o união (adjacente ao pp), o tupipia (adjacente também) e um galho

do mar de água e sal (mar, não bolacha) não se via nada além de um mar de nuvens

mais uma das costas do pp ante o sol nascente...

hei, daqui o sol vai nascer atrás do pp! ah, não boto fé!

e, do alto do pp, o pessoal do bivaque viu o sol nascer..

e tirou umas fotos pra não deixar a gente só na vontade...

porque a vista a partir dos camelos era deslumbrante, isso é certo...

mesmo que não tenhamos chego na ponta...

mas perdemos o nascer do sol... tá, barracas às costas, vamos ao pp!

retornando, ainda se vê a sombra do gigante pp sobre os camelos

voltando ao grupo no a2, o sol já despontava

a paty ficou porque não aguentava mais piadas sobre a cara dela

a face noroeste do complexo pp e o mar de montanhas que se vê de lá

aqui o o-dois acaba deixando o a-dois para trás

e seguimos com o vinaaa para a ponta do pp

thiago, menino, você vai sujar essa blusa desse jeito!

camelos, agora iluminado, em primeiro plano, ciririca e agudos ja é outreo plano

sigamos na fé, irmãos (mesmo que irmãos mesmo só o du e o lulis)

um registro fotográfico incrível da orelha do du

o união (que na verdade não une nada) e um mar de montanhas recém acordadas

é tanto verde e azul mesclado (né, thi?) que a gente perde até o prumo

o união, o sol e o vina ninja mechinha ao vento, procuram

tá, eu sei que é meio monocromático, mas que nuvem alucinantre, né?

as nuvens se dissipam suavemente e descobrimos sob elas a baía de antonina

mais uma bela vista ao norte

e a vista da volta (parece uma crina mas não tem cavalo aqui), ao sul

lembre machu picchu ou division bell, o pp não esconde as rugas da idade

no grupo do arce: não reajam, meninas, joguem seus pertences pra cá e pulem

rápido, harry potter, pressinto que há alguém em perigo, precisamos agir!

sim, eu também vejo um sinal no céu! vamos!

e assim, liderado pelo thitágoras capabranca, o odois se obriga a deixar o pp

essa foto é só uma lembrança da baía, vissi, meu rei?

nossos heróis do o-dois atingem o a-dois (atingem tanto que a casa de pedra está em pedaços)

eu sei vocês não aguentam mais ciririca, mas essa paixão é um caso agudo

estávamos lá há pouco... ei, porque não descemos voando?

"o duardsônico estava com problemas nas botas propulsoras" filosou thitágoras

a paty maravilha (que cara!) e o vina potter ninja, disfarçado com a carapaça do donatello

um flagra com nossos heróis de desenho animados

"vamos", brada thitágoras, "temos que salvar as meninas do astigmarcílio"

"shhh..., falem baixo, ele tem receptores sonoros implantados por toda relva: vejam!"

oh, céus, conseguirão eles salvar as mocinhas a tempo? não percam os próximos episódois!

previously, on2: thitágoras liderava a busca pelas mocinhas da cidade, que são bonitas e dançam bem

mas astigmarcílio havia implantado escutas nas tramas das roupas dos envolvidos na trama

"vejam, lá, um ponto verde!", exclama homem fumaça. "lá onde?", indaga thitágoras

e usando sua incrível visão panorâmica o incrível hulkis enfim descobre: a vista dali é muito legal

o tempo urgia, urrava e fazia cudoce. seria o fim das mocinhas da cidade?

"eu dancei uma vez com uma moreninha", lembrava o exausto duardsônico

mas vina potter tartaruga ninja não soltava as tiras e seguia seus princípios de sábio chinês: "vamos!"

as buscas continuavam e nossos heróis, incansáveis, já estavam ficando cansados daquilo

então ouve-se um grito vindo da mata "no lo creo, carajo, la bacía del plata!"

e, emocionado, o roteirista paraguaio some deixando a história e os personagens abandonados

e, na falta de argumento, todos se salvaram e viveram felizes até o próximo episódio

esse da esquerda é o dirço, CEO da fazenda pp, primo do roteirista paraguaio

antes mesmo de pegar a estrada (várias pistas!) todos estávamos super podreres

(cenário de final de episódio - tem musiquinha tocando, mas tá tão baixo que você não ouve)

(essa foto já é de propaganda de governo, a historinha acabou)

(então, você ainda ta aí assistindo? já pode desligar o monitor, menino!)

(essa foto é dos extras, cena dos bastidores da gravação)
Expediente #
Texto por Du, fotos e comentários por Lulis, Arce e Aliny.
Pedalado por du, lulis, thiago, arce, aliny, cheps, naiana, paty, vina.
Publicado em 12 jul 2008.