Cavas de Pinhais
Tudo bem, tudo bem. Vamos começar certo, jogando com a verdade. O itinerário condena: esse é quase um remake das bordas do alfaville. Iria até se chamar "Rebordas do Alfaville", mas quisemos nos poupar da vergonha de usar um nome ainda pior do que o original...
Na primeira edição pegamos um desvio e mudamos de estrada, saindo do caminho ecológico de pinhais. Dessa vez fizemos o inverso: seguimos corretamente e depois desviamos.
- Nota oriental
- Tá difícil de se orientar? É compreensível: a gente também acha difícil entender a lógica que o dú usa para gerar, gerenciar e orientar os projetos...
O importante é que nós, tomando a trilha do episódio anterior (ao contrário, em partes e desparates), chegamos às incríveis, famosas, odoríparas, medonhas - e nojentas - cavas de Pinhais.
- As Cavas de Pinhais
- Reza a lenda que a localidade onde hoje repousam as cavas de Pinhais era sede de algumas empresas de extração de areia. Após restrições ambientais impostas pela Sanepar em função da captação e tratamento de água e esgoto, a atividade fui sucumbida - e as cavas foram por água abaixo.
- Prega o cancioneiro popular que ali muitas vidas são consumadas e consumidas (ida e volta, se é que vosmicê mentendes a cantiga).
Apesar da má fama do local, felizmente todos os ciclistas voltaram incólumes e inteiros (inteiramente molhados). Essa raça de passeios para Pinhais parece que chamam chuva, não sabe? Vide bordas e roça nova (pormaisque roça nova seja em piraquara, só de passagem por pinhais).
- Nota musical
- Entonces, essa parte das cavas a gente não recomenda, não, viste, mas a estrada ecológica de pinhais e a trilha, ah, isso sim é divertido, sô, ah, sim sinhô!
Para não dizer que o passeio acabou em baixa (embaixa d'água), nessa expedição surgiram duas frases realmente marcantes da cultura popular contemporânea do odois. A primeira foi proferida pelo Du, curta e profunda, incentivando o grupo a prosseguir até as cavas e, ao mesmo tempo, observando a higiênica consequência do tempo chuvoso:
- Lá-vamos nós!
A segunda saiu de um diálogo entre o Thiago e o Lulis. Enquanto um destacava sua opinião sobre o destino do trajeto proposto, o outro replicava com uma colocação capaz de tornar toda e qualquer expedição merreca digna de respeito:
- Isso aqui não vai para lugar nenhum!
- Ah, vai sim. Vai pro site!

issaê, um pedalzinho camarada pra voltar pro almoço e ainda estudar à tarde

alphavilles road, tão clássica quanto foto de ciclista por trás (no bom sentido mesmo)

alguns poucos km e uma mudança brusca de cenário

olha, isso é trilha pra fazer de tobata (só que sem a tobata)

concentre-se na abelha, com fé, e veja se não parece que ela vai saindo da foto...

essa foto também é boa, mas essa da abelha... é real, não sentiu ela saindo?

tudo bem, tudo bem. uma florzinha mais comportada, sem pira de abelha ilusionista

olha só, a gente tá onde já teve só que ao contrário do outro lado inverso!

aqui a chuvinha já pegava aos trancos (só que sem a tobata)

sério que você não viu a pira da abelhinha? capaz. é de verdade!

peda-lama-mos nós e lá-vamos nós!!!

esse povo é assim, pode até dizer que não táxi, mas táxi sim!

essa parte é uma escapadinha pra chegar mas perto da represa

falando em escapadinha: hei, dá pra me esperar, pelotão?

uma chegadinha de leve - e de longe - nas bordas da represa do iraí

ah, agora sim, tava meio sombria a última foto

ahá, todo mundo do outro lado falando: lulis, você não pode iraí!

ok, pinguins, vamos voltar ao nosso objetivo: as cavas!

uma foto que dá idéia do que é a vontade de fugir da chuva

de volta ao rumo, agora parece que a chuva é que foge da gente!

chegando na região das cavas - muita hora nessa calma, pessoal

bonitinhas as cavas, até, não? floridinhas, terra bem adubada, por certo

as cavas! e cavas fundo!

o du não achou grande coisa enquanto o arce sorri embalado em um saco preto!

odois expedicionando achando que vai dar em algum lugar

pois é, meia-volta. ninguém quer ficar por aqui hoje!

uma verdadeira pintura do cicloexpedicionário épico tradicional
Expediente #
Pretexto por Dú, retexto e fotos por Lulis, fraseado por Dú, Lulis e Thiago.
Pedalado por du, lulis, thiago, arce.
Publicado em 12 jun 2009.