Morro da Glória
Itaperuçu, palavra indígena para eita poeira de cegar caminho de pedra grande. Popularmente é confundida e pronunciada ihtá param'do ssol, expressão avessa à climatologia da localidade que nomeia (anexo fotos comprobatórias). E logo ali, nas margens do município que recebe tão oportuna alcunha, desponta o pedregoso objetivo do presente passeio: Ôh, Glória! O morro!
Na semana da celebração dos 14 do odois, o passeio foi de viver. Nem nas mais inspiradas incursões pelos lagos de Rio Branco do Sul, nem nos mais altos platôs variados de Almirante Tamandaré, havíamos dado olhos para esse cume. O Morro da Glória, bem ali no meio, observado à distância pelos Três Irmãos, pelo Palha e Betara, finalmente foi por nós morrido vivido.
- Morro da Glória
- Situado à oeste da sede do município de Itaperuçu, o Morro da Glória (1.230m) avizinha-se do Morro Betara, também imponente ícone do município. Para alcançar seu cume são cerca de 2 km de caminhada leve (ida). A trilha é bem aberta e, ao final, cruza uma floresta de Pinus antes de atingir um grande descampando (cume). Há alguma divergência em relação ao nome do morro, que consta nas cartas do IBGE como Pombas. Na dúvida: Morro da Glória, Pombas!
Acesso: Saindo de Itaperuçu pela Av. Anita Garibaldi, entrar a direita 100m depois do Mercado Fontoura. Dali mais 1km até a chácara base (lado esquerdo).
As localidades de Juruqui, Marmeleiro e toda RMAT (Região Metropolitana de Almirante Tamandaré) nos conduziram direto ao pé do morro. No trajeto de ida dispensamos a passagem pelo centro de Itaquentedemais, dispensando assim também a necessária reposição do estoque de água.
Chegamos pelas costas do morro - e o sol, pelando nas nossas. Da entrada pra frente, bikes encostadas e só caminhada. Extenuados pelo sol escaldante, contudo, animados com a data comemorativa, cantarolávamos:
- Hojeee vai ter ensolaçããããããão... Mas meu odois não tem probleeee maa, não, não, não! Agora vou soooprar entããão... Um pedacim faltou foneeema...
- Cê tá cantando Nego do Borel?
- Itô!
Pelo ritmo da subida e do sol, teríamos torradas ao meio-dia para comer no almoço festivo. No alto do morro, mesmo, chegamos morrendo. A vista é bela, o calor é demais. Demos os nossos pulos (literalmente) para enxergar em volta, inclusive apreciar Itálongealmoço.
Pausa merecida foi somente à volta, à sombra da floresta de Pinus que bordeia o cume. Feito isso, a corrida foi por uma almoço na cidade. Ali sim, depois de litros e litros de água, Itávamelhorassim.
Uma comemoração de aniversário, assim como a maioria das expedições dos 14 anos celebrados, costumeiramente extenuante e excelente. Como sugestão, mais um morro lindo de viver. Itábemdemais!
Expediente #
Texto por Du, fotos por Lulis e comentários por favor.
Pedalado por du, lulis, thiago, joão.
Publicado em 9 mai 2019.