Roça Velha e Malhada
Antes de um período de grandes distanciamentos (ou após os grandes confinamentos), nada melhor do que reunir os amigos. Pois sim, sendo assim, frente a alguns planos de viagens solo no ar (sente o cheiro?), assim nos fomos!
A missão do roteirista era simples: sortear um projeto com tempo hábil (seja qual for o tempo e sua habilidade) para bater bons papos. E assim saímos a bater perna (ou seria bater pedal?) nas vizinhanças de São José dos Pinhais, para conhecer de perto os lugarejos de Malhada e de Roça Velha. Sábado, depois de dois lindos dias de sol, não foi raro encontrar outros cicloturistas no caminho. Raro mesmo foi ver o acabrunhado sol, com o tempo ameaçando fechar a todo instante. Mas no fim tudo acaba bem - e no fim até o sol deu as caras.
Estradinhas de terra, vilas e bares, bares e vilas. Algumas paradas, muitas conversas, como o próprio vídeo (gravado na surdina pelo maquiavélico Arce) atesta. Com tempo (e um quase bom tempo) ainda pairava a expectativa de subir o Morro Redondo (já tangenciado castelhanamente por aqui). Alcançamos uma estação da Embratel no meio do morro, onde Mr. Heil pôde reencontrar antigos colegas de trabalho (não é ironia, encontrou mesmo!). Mas no fim, como o passeio já estava de bom tamanho (não tanto quanto o morro) e os amigos já estavam reunidos, decidimos novamente voltar e deixar o cume para uma próxima expedição. Pois nos vamos, e que venha!

não dá pra dizer que o passeio começou sem sentido!

pelo menos se vê sentido em sair do trânsito, não?

tudo bem, o sentido é esse aí e a razão é toda da vaca

parada no armazém só pra tirar o assento do banquinho

bom, há quem pedale sem assentar-se também

asfalto lisinho no plano quase pra baixo

nem tão asfalto, nem tão lisinho e nem tão pra baixo

paradinha estratégica para não comer muito pó, mr?

cada um come o que gosta, mesmo que seja celular ensacado

ou luva suada - é só impressão ou tá rolando um acesso coletivo de fome absurda?

não serve uma verdura pra saciar a coletividade intermodal?

heil pergunta: opa! você vem sempre por aqui?

du ensina: como deixar uma japona (jaqueta em curitibanês) amarradona em você

ainda com fome? aqui tem uma horta inteira no ponto!

bem, nem tão no ponto, está um pouco verde ainda

similaridades folhosas e arbóreas à parte, esses não são os mesmos indivíduos da foto anterior

paisagem típica com... mais vegetal! e a malhada, quedê-lhe?

opa, malhando uma birita no boteco, então? (a marca da cerveja? só no vídeo!)

close de componente com zóinho fechado e linhas paralelas ao fundo

idem, só que com linhas no zóinho

idem, só que com du ao fundo

você já disse isso antes, tio! tchau, tio!

essencial mesmo é energia pra enfrentar os milharais da vida

(você não pensou em pipoca também, pensou?)

falando em pipoca, será que chove?

e a serra ali, quase ao alcance da mão!

uma igreja! onde estamos? pra onde vamos? de onde viemos?

pois pelo jeito vamos pra baixo mesmo...

e pra sanar as dúvidas de onde estamos: bem vindo a roça velha!

que cara é essa arce? ciúme do abraço da japona?

ahn... era só cara de quem estava pressentindo entrar numa furada...

isso é um serviço para o super remendu!

ô ô ô, como diria o outro, essa piada não cola mais!

se a estrada de terra estava boa, no fundo no fundo se sabe porquê

plantinha: se você é uma fita anti-furo, porque eles estão remendando a câmera?

pra abalar a hegemonia cinza: um pouco de céu azul!!!

as plantinhas saíam de casa (mas não passavam das grades) pra ver o tumulto

já os mosquitos, menos tímidos, meteram o nariz onde não foram chamados

ô, arce, isso aqui é um site de família, veja lá como você tapa esse furo!

retomado o ciclo, até as paisagens se mostravam mais animosas

melhor uma rua sem placa ou uma placa sem rua?

melhor mesmo é se preparar porque ainda tem muito que subir!

e que descer, naturalmente (naturalmente, hã? hã?)

o arce subindo a estradinha que a esta altura era uma quase trilha

mas não é praticamente a foto anterior espelhada? não, não. mas parece

opa, a subida agora tem um sentido mais concreto!

pela bagagem pendurada andou esquentando, não?

antena da embratel no meio do morro redondo, onde mr. heil, pasmem, encontrou velhos amigos

e os amigos dos amigos trataram de fazer os cicloturistas debandarem!

panorama de mata e morros sentido norte, visto do lado da torre

e a clareira vista ao sudoeste: morros só ao longe

parada pra um lanchinho com, com... com sol aonde, arce?

o amigo do amigo do mr heil foi bem amistoso apesar da cara feia

agora o sentido é pra baixo, só alegria!

e bota alegria nesse concreto!

ou, como diria o mussunzis, nesse concretis!

o que sobrou da pedreira ficou pra trás

pode tocar rodando que tem morro redondo abaixo ainda!

pouco antes da rodovia, com a sensação de ter encontrado um sentido

agora só tem que cuidar pra não se perder nessa vida!
Expediente #
Texto, fotos e vídeo por Lulis, roteiro por Du, pegadinha do malandro por Arce.
Pedalado por du, lulis, arce, heil.
Publicado em 9 dez 2011.