Ribeirão do Tigre
E a fonte a cantá, chuá-chuá, e as água a corrê, chuê-chuê, parece que alguém, que cheio de mágoa, criou esse roteiro, pra gente sofrer... É por essas e outras que a Betânia canta muito e o odois pedala muito. Ou nada.
Sim, pois nada. Ou não. Bem, não sem receio de nadar, desafogamos um antigo projeto justo no dia seguinte a uma das maiores enchentes do litoral paranaense. Partindo do tradicional caminho serrano para o alto da Graciosa, seguiríamos em escapada pela região de Ribeirão do Tigre para, por fim, retornar a Curitiba por rodovia. Um plano simples mas perfeito para um pedal rápido. Ou quase isso.
Pois, bem, plano em prática. Trafegamos muito bem pela histórica estrada Dom Pedro II, recentemente revitalizada. Logo depois, enquanto passávamos pela inóspita região de Ribeirão do Tigre, nosso frio e calculista amigo indicava em inglês fluente:
- GPS da cotinha
- 3 km to BR116... 2 km to BR116... 1.5 km to BR116...
E quando acreditávamos que nada mais poderia interromper a chegada à segura e demi-séc rodovia, eis que surge (ou desaparece, dependendo do ponto de vista) o caminho no meio da água. Na tentativa de seguir adiante, vimos nossas perspectivas de travessia afundarem junto com o câmbio traseiro do thiago. A única solução foi voltar por-donde-viemos até reencontrar a velha Dom Pedro II.
Para não perder a viagem, forrar o estômago e honrar (ou quase) o projeto, seguimos a velha (e renovada) Dom Pedro II até o alto da Graciosa. Depois de um pastel (ou vários), fizemos questão de conhecer os últimos 1,5 km faltantes - só que pelo outro lado da enchente. E, no fim, cada um no seu canto (chuá-chuá!), mas nadar que é bom (ou não), nada!
Expediente #
Fotos e vídeo por Lukis, roteiro e texto por Duck, contribuição nenhuma por Fiuk.
Pedalado por du, lulis, thiago, arce.
Publicado em 5 set 2011.