Costa Verde e Mar
Longe se vão os dias que marcaram a última grande viagem do odois: Vale Europeu, o circuito de cicloturismo brasileiro mais comentado da época - e, quiçá, de hoje também. Bela e saudosa viagem, incitou-nos desde então o anseio por outra aventura de tamanha proporção...
Para nossa alegria, toda incitação tem um clímax. E nesse clímax de anseio, em setembro de 2009, o CCB terminou de aprontar (no bom sentido) mais uma aventura cicloturística: Circuito Costa Verde e Mar, o "1º Circuito de Cicloturismo a abranger Litoral e Interior" (conhecido informalmente como "Vale 2: o Europeu vai à Praia").
Incitados e climaxtizados, saimo-se-me-nos em dois odoises, gozando da companhia experiente de Mr. Heil (que aqui posa de legítimo anfitrião-guia nas paragens lá de Enjoyinville, mas já havia dado as caras por ali, acolá e acolalá). E ao longo do caminho ainda pudemos rever velhos amigos (como o velho Sr. Luiz mais engraçado do mundo), reviver velhas piadas (uma mais piçarra que a outra), reaver velhos sentimentos (como o "sinto-me exausto") e reverter velhos sentidos (como o sentido convencional da digestão).
Acompanhe aí: 6 dias, 6 anos de odois, 6centos e tantos quilômetros, motor 6.0 do Mr. Heil, 6 rodas, 6 pernas, 222 fotos (que, seisgundo a numeróloga, fica 2+2+2=6) e, bah, o6 vejam como o2 conta bobagem pros o20. Mas vamos logo contar do primeiro dia, que até o 6 tem muita coisa por aí...
- Circuito Costa Verde e Mar
- Costa Verde e Mar é uma região de desenvolvimento turístico nascida da associação de 11 municípios catarinenses da região da foz do Rio Itajaí. A iniciativa, que adota o título de Rota do Sol Catarinense, agregou em 2009 um circuito de cicloturismo planejado e implementado em parceria com o Clube de Cicloturismo do Brasil.
- O circuito abrange 270 km a serem percorridos em 6 dias, varando (e variando) entre paisagens interioranas - com serras, cachoeiras e áreas preservadas - e belas e agitadas praias do litoral catarinense. A experiência do CCB na implantação do 1º circuito do gênero no Brasil, o Vale Europeu, foi aplicada na concepção deste novo que é alardeado como o 1º Circuito de Cicloturismo do Brasil a abranger Litoral e Interior. E faz juz: o trajeto corta 8 cidades litorâneas (Baln. Camboriú, Piçarras, Bombinhas, Itajaí, Itapema, Navegantes, Penha e Porto Belo) e outras 3 interioranas (Luis Alves, Ilhota e Camboriú).
- Ao iniciar o circuito, em Baln. Camboriú, o cicloturista retira uma cartilha com planilhas e informações sobre todo o trajeto. A cartilha inclui uma área reservada aos carimbos / selos que devem ser recolhidos pelo viajante na passagem por cada município, requisitos para a obtenção do certificado na conclusão do circuito.
- A maioria dos cruzamentos encontra-se bem sinalizada com setas amarelas (muitas nos postes, detalhes que só o cicloturista percebe). Ainda assim, recomenda-se acompanhar as planilhas e/ou traçado no GPS para garantir a permanência na rota.
Fonte: site oficial do Circuito Costa Verde & Mar e Clube de Cicloturismo do Brasil.
Capítulos
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1Quebrando raios em busca de Heil 1 dia 134 kmDIA 1 curitiba, garuva, joinville
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2Meio noite, meio molhado 1 dia 102 kmDIA 2 joinville, barra velha, piçarras, luis alves
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3Rodovia Antônio Heil (ele mesmo) 1 dia 115 kmDIA 3 luis alves, ilhota, camboriú velho, serra do encano, itapema, meia praia, perequê, porto belo, ponta de porto belo, bombinhas
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4Expedição Gástrica 1 dia 75 kmDIA 4 bombinhas, mariscal, morrinhos, zimbros, porto belo, sertão do trombudo, itapema, morro do areal, intepraias, estaleiro, taquaras, laranjeiras, baln. camboriú
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5Fim do circuito 2 dias 241 kmDIAS 5 e 6 baln. camboriú, morro da rainha, praia brava de itajaí, navegantes, penha, costão da praia vermelha, piçarras, barra velha, joinville, curitiba
Se você prestou atenção no mapa, cartográfico leitor, já percebeu que este primeiro dia de viagem foi praticamente uma escala. Apesar disso, vale lembrar que descer ao litoral pela BR376 está longe de passar voando: os tradicionais cinquenta-e-tantos quilômetros pré-Vossoroca sempre se arrastam na pista antes de decolar na serra...
Ainda antes da serra, parada para investigar um barulho no traseiro do lulis (no pneu, no pneu!): um raio partiu para o raio que o parta, o pá! Retomamos a estrada até que...
- du: Pô lulis, você não é capaz nem de tirar um raio quebrado! Tô vendo ele solto daqui!
- lulis: Ah! Capaz! Eu tirei o raio e joguei fora, você tá vendo coisas!
Sim, estava. E a coisa era mais um raio quebrado. Quem disse que o raio não cai duas vezes do mesmo lugar? É... Olhando assim dá pra dizer que a viagem que mal começou começou mal, ó raios!
Fé na roda e serra abaixo, desembocamos na rodoviária de Garuva (palco do maior espetáculo ciclocoreográfico da história do odois). A esta altura o calor servia ciclistas gratinados e cozidos ao bafo litorâneo, mas o negócio era pedalar: fé na roda e fator 30.
No caminho, um tenso (hipertenso) estouro de pneu de caminhão à queima-roupa nos deixou quase surdos (hã? repete que eu não ouvi!). Mais à frente, no complexo gastrônomo-turístico Clube-resort-spa-palco-anfiteatro-posto Rudnick, encontramos nosso correspondente em Joiville: Mr. Heil (leia-se “mister raio”). Seguimos sob sua batuta por entre as entranhas locais (enjoy ville!), curtindo a tranquilidade e beleza da Estrada da Ilha na região não-industrial-e-nem-urbana no município.
Pausa na bicicletaria para uma geral nos raios que se-me-los-han-partido. Fim da pausa (foi rápido).
Em seguida fomos recebidos carinhosamente pelo restante da Família Heil: Margarete, Bruno, Thaís e Floofi (ou Flurfy, Foo flight, ou Flor fee, enfim...) nos trataram tão bem que nos sentíamos menos sujos e molhados do que realmente estávamos (ainda assim, o banho não era dispensável). Apreciamos (e como!) os maravilhosos dotes culinários de Miss Heil enquanto encantavamo-se-me-nos com o caminho da luz (já encaminhado ao departamento de projetos!). Enfim, cama - afinal, hoje enjoy ville é só uma escala!

não quero nem tentar adivinhar de onde você está vindo...

esse faltou no menu do último passeio: odoisivo pratão

a vossoroca estava tão cheia que na beiradinha tinha árvore se afogando

tutorial: como fazer uma trança com seus próprios braços e pernas

a serra acima, mesmo escondida, e nós serra abaixo

não é que ficou bom esse odoisivinho? parece até montagem

ah, garuva: saudoso palco de outros espetáculos!

censura: fotos floridas não podem exceder a quantidade máxima permitida

as magras batendo um papo enquanto não chega mr. heil

agora sim: uma equipe completa que sua de forma uniforme!

joinvílico mr. guia, este é só o começo. leve-nos ao seu líder!

o time da casa segue com boa vantagem na última raia

a estrada da ilha, um bom jeito de chegar por trás em joinville

se a gente anda cheio de tanta chuva, imagine o rio...

casinha pitoresca (pitoresca é uma palavra muito pitoresca, não?)

a homérica hemerocallis, fruto (flor!) do solo joinvilense

mais uma foto hemerocálica ou hemera coincidência?

rindo das fotos que afloram por aqui, né, mr. heil?

dá uma espiada na boa forma dessas senhoras bicicletas!

parada providencial para arrumar a roda do lulis, ó raios!

o clima justifica o apelido carinhoso de chuvaville

esse é o Flufy, Flurry, Fúcsia - ah, sei lá, esse é o cão!

esse aqui é arte da Margarete, literalmente!

odois muito bem recebido pela família Heil em sua Heilsidência
Se ontem foi praticamente uma escala, hoje certamente é dia de conexão. Isso porque, assim como no Vale Europeu, fizemos adaptações no roteiro oficial para viabilizar nossa viagem, reduzindo o tempo de permanência (mas não a distância). Fizemos a conexão com o circuito oficial diretamente no 2º roteiro (Piçarras - Luis Alves) - o mesmo local em que, três dias depois, desconectaríamo-se-me-nos dele, fechando então o ciclo (turismo) pela Costa Verde (e Mar).
A primeira perna (uma boa pernada) foi de Enjoyville à Piçarras (passamos voando pela velha Barra Velha). Sol à pino, paramos antes de começar oficialmente o roteiro homologado e aproveitamos para comer um churrasco (e para não virar churrasco, também). O calor rendeu até uma soneca depois do almoço, algo bem raro no odois (fazer o quê: mesinhas no meio dos eucaliptos (pormaisque fossem pinheiros), cansaço, calorzzzinhzz..zzzzz...).
Acordatis, habemos pedalare ad circuitum! Finalmente, terra à vista! Embora o impiedoso sol fritasse os três ciclocavaleiros, estes viam em cada sombra, cada gole d'água e nas ininterruptas belas paisagens motivos suficientes para celebrar uma tarde alegre. Não tão alegre frente ao temporal que se anunciava (e se anunciava alto: KABUUUUUM, tô chegando, fuja lôco!), mas a alegria foi retomada na providencial chegada à pequena vila com um grande bar (couberam ciclistas e bikes carregadas lá dentro, só ficaram de fora as nuvens carregadas - ou melhor, descarregando...).
- Nota profética
- Apesar de chover o que tinha para chover, as nuvens escuras ainda faziam o dia parecer meio noite (ou meio que parecia noite, mas certamente não parecia meia noite). Passada a tormenta, uma revelação: Mr. Heil surge em uma bicicleta magnífica, mostrando simbolicamente a todos (osdois) que a viagem seguiria triunfante, independente de quaisquer adversidades! (vide revelação nº 53)
Mr. Heil revelava-se cada vez mais entrosado com o espírito do odois, iniciando-se definitivamente na Arte do Autoescracho. E a viagem rendeu muitos outros momentos reveladores - se você já viu o vídeo, youtúbico leitor, já tem uma boa noção do potencial do bom velhinho...
Uma serrinha depois, chegávamos à capital catarinense da cachaça (pormaisque ande virada em banana). Acomodamo-se-me-nos no Hotel Colinas, no centro histórico, e ainda ganhamos uma carona até a Vila do Salto para jantar (no centro velho a única coisa que tinha para comer era hóstia). Lá encontramos dois cicloturistas mineiros (que também faziam o roteiro) com uma filosofia um pouco diferente da nossa:
- "...Nosso negócio é pedalar de tarde, sô. A gente só pedala pra onde tem farra. E a madrugada é pra curtir, num é? Tomar todas e pegar balada até o dia amanhecer. Depois nós vamo durmi - e só depois pedalá, uai..."
De volta ao hotel, o negócio foi lavar um pouco de roupa, bater foto, bater cabeça e dormir que amanhã tem muito mais (mas, óia, muito mais mesmo)!
- A Arte do Autoescracho
- Popularmente, escrachar significa esculachar, esculhambar, desmoralizar, zoar, tirar sarro, sacanear. O ato consiste em aproveitar uma fraqueza, vacilo ou debilidade de alguém para gerar uma situação cômico-vexativa. Escrachar o próximo pode ser relativamente divertido, mas muitas vezes é ser considerado imoral, inadequado ou mesmo preconceituoso.
- Neste contexto divergente surge a milenar¹ Arte do Autoescracho, linha ciclofilosófica criada pelos seguidores do Tobateísmo que prega o escracho efetivamente escrachado, só que praticado para com o próprio escrachista. O objetivo não é divertir-se às custas dos outros, mas sim divertir os outros às suas custas. Linhas de pensamento similares, como a comédia stand-up, têm levado a arte do autoescracho às grandes massas. Diz a sabedoria aoutoescráchica:
- "Escrachar os outros é fácil, escrachar a si mesmo é difícil, mas escrachar a si antes que os outros o façam é uma arte."
- Um exemplo clássico da apĺicação prática do autoescracho é o uso do Pormaisque. Outro exemplo é um sitezinho de cicloturismo que nem valeria mencionar se não fosse ele o próprio berço da Arte do Autoescracho.
(¹) Pormaisque seja relativamente nova e não tenha sido criada por nenhuma Milena.

mr. raio, posando de "favorita" do grupo

a contagem regressiva para o circuito estava bem mais longe

viajando na faixa, como diria o outro

dá uma olhada no traseiro (estamos falando do alforje, alforje!) de mr. raio

é, até piçarras ainda tem uma boa parte em trânsito

a intenção da parada era ter posto (água nas caramanholas)

odoisivo na bike de mr. raio - discreto, simpático e 6sentão

o pé direito não aparece, mas dá pra sacar que o problema é de coluna

lulis tocando o tenor na paradinha

mr. raio parou pra ver o preço do cavalinho (o vermelho, acho)

du, a gente chega logo no circuito? bah, não vejo a hora!

almoço com barry gibb no centro, ladeado pelos gêmeos robin e maurice gibb

essa não é a bike do barry, mas a foto é para mostrar o mr. raio novo

para sobremesa: praticamente um acampamento, só que sem a barraca

saindo da br101 os ciclistas estavam empolgadíssimos (nós, ao menos)

ah, que saudade que sinto desta terra (a outra não fasfalta)

animador, né? vai dizer que não vale? vale mesmo, sim senhor!

ô, ô, ô, ô lulichss, vamo pedalá, como diria o outro!

pela luminosidade da cena vê-se que queimava o sol, de certo

alegria com pouco: pouca sombra e pouca água (e pouco fresca)

as paisagens não deixavam por menos: pouca chance de não se encantar

verde e azul sem limites (tá, a faixinha marrom limita um pouco)

não dá vontade de se jogar no arrozal? dá? é, dá, mas encharca!

e mr. raio sempre com alguns cavalos de vantagem à frente

seguuuura, peão!

avacalhação: começaram a entupir santa catarina de banana, também

escuta aqui, planilha: ou eu sigo você ou eu tô fora, fui claro?!

chegamos todos juntos à vila: du, lulis, mr. raio, sr. trovão e dona chuva

(às vezes uma imagem vale mais que cem comentários. sem comentários)

essa versão do tio da sukita se entrosa bem com a piazada, só que sem a sukita

esse tipo de paisagem íngreme deixa a gente se abananando

não dá pra negar que esse é o perfil do odois.org, tem até etiqueta

o painel de instrumentação do du (abraço pro gilson!)

findo o trajeto, fim do dia, sob a imponente igreja de luis alves

no hall do hotel (bem cicloconveniente), indícios de atividade coreográfica

caímos aqui não foi por acácio, o walter nos trouxe de lá (digo, de ka) do hotel

fraco pra qualquer droga: o du já tava trêbado com meio copo de coca

não quero ser crítico, mas parece que o rubens não estava animado na cena

especialistas em musicalizar utensílios domésticos (bike eles acham batuta)

rolou tanta água, tanta água, e esse céu ainda não limpou

os irmãos gibbs bem à vontade com os proprietários do hotel, walter e a marlene

uma bela tirada noturna do maior orgulho do município (depois da cachaça)

a noite pitoresca da pequena luis alves vista do terraço do hotel

mais uma bela foto das redondezas a partir do terraço

e aqui uma cabeça descuidada a partir nas vigas do terraço
Um dia de muitas, muitas partidas. Logo cedo partimos para um bomcafé, pois o dia seria longo. Sim, um longo trajeto que reuniria mais de dois dias do circuito oficial (quase três, até). Partimos de Luis Alves e percorremos bons trechos de terra, passando por alguns pequenos vilarejos e belos cenários, como o peculiar morro do baú.
Chegando em Ilhota, de Balsa, concluíamos o 3º Trecho do circuito oficial ainda antes do meio-dia. Esperando almoçar na cidade, terra da moda íntima e moda praia, partimos a cara - aparentemente a única coisa comestível que se vende por lá é calcinha. Paramos bem adiante, em um pequeno bar interiorano que, como reza o bom costume de quem sabe viver de forma pacata, fecha para o almoço. Com uma mesa emprestada e algumas compras na vendinha ao lado (vai logo, antes que feche!), conseguimos almoçar sem ter que mastigar lingerie.
Ainda antes das 13h partimos - e rachamos o côco suando no calor escaldante. Para compensar um pouco, partimo-nos de rir dançando a famosa dancinha do Mr. Heil. E isso às margens da rodovia que, além de levar à sua cidade natal, leva (nada mais, nada menos) do que o seu próprio nome próprio (não o seu, asfáltico leitor, o do Sr. Antônio Heil - vide o vídeo!). Na leva, aproveitamos o ensejo para oficializá-lo como um membro oficial do nosso oficialíssimo Conselhoo.
Passamos por Camboriú, ponto final de mais um dia (o 4°) do roteiro oficial (mesmo que na prefeitura não tivessem noção disso). Trocamos algumas idéias com cicloturistas da região (trocamos elas por água gelada) e, mais uma vez, partimos. Pedalamos um bom tanto (e uns bons morros) até que...
- Ô, ô, ô du! Ô, lulis! Peraí que a corrente partiu aqui!
Partiu, sim, partiu um elo (e mais outros 4 partiram dessa pra uma melhor). E o câmbio traseiro quase partiu junto (episódio que, como o vídeo prova, partiu o coração do bom velhinho.)! Para dar um jeito, partimos pra ignorância e meio que arrumamos no braço, a fim de aguentar até Itapema, ao menos.
Chegamos em Itapema perto das 18h. Lá deixamos Mr. Heil, em casa de família (família dele), encarregado de resolver o problema do câmbio na manhã seguinte (perto do almoço estaríamos por lá novamente). Com destino a Bombas, partimos e rachamos a cabaça dando uma "esticadinha" até a ponta de Porto Belo por uma estradinha costeira com muito sobe-desce-sobe-desce, um trecho opcional do roteiro que rendeu mais uma alongada neste já longo dia.
- Nota partidária
- Partindo do princípio de que já não é mais tão fácil reunir os componentes por vários dias, repensamos algumas coisas nesta viagem. O trajeto denso, com muito esforço por dia, nos fez ver que realmente seria mais proveitoso partir pedalando de um ponto mais próximo (como Joinville, neste caso) e curtir os destinos com mais calma. Da próxima vez, repartiremos melhor.
Depois de chegar à ponta (que era uma ponta bela, mas naquela altura fazia só uma ponta no filme do dia), voltamos (e voltava, voltava!). O sol partiu e atravessamos exaustos o morro que leva de Porto Belo à Bombas (um parto!). Loucos para descansar, ainda rodamos mais de 11km para encontrar um camping ativo. Já eram 22h quando montamos a barraca e partimos para a principal, em busca do jantar. Sanduíches com suco e uma boa buffetada de sorvete, para encerrar a noite. Exaustos, caminhávamos com a impressão de que todos falavam castelhano e tinham a cara do Maradona. Melhor ir dormir.
- O Conselhoo
- O Conselhoo, ou Conselho do Odois, constitui extensão jurídico-administrativa do odois, ora composto por personalidades intimamente relacionadas com as atividades, inatividades ou mesmo passividades do próprio grupo1. Outrossim, não é exigido que seus membros sejam cicloturistas. Outrotrossim, podem sê-lo.
- Decisões que extrapolem a esfera dos componentes são levadas ao Conselhoo para deliberação3. No entanto, conclaves são tão raros que, desde sua criação, nunca ocorreram4.
- Na instituição do Conselhoo5, a realizar-se em data a ser definida5, serão outorgados5 os graus de Conselheiroos apenas àqueles indicados por unanimidade5. Entre outras, são comentadas5 promulgações irrevogáveis5 de títulos vitalícios aos ilustres Mr. Heil (o motor 6.0 do odois), Dr. Athaíde (o advogado do odois) e Sir Vina (o vinícius do odois). Dado que o Conselhoo é naturalmente ótimo6, seu estatuto encontra-se em pauta5, assim como a inclusão dos membros na constituição do grupo7.
(1) Só que sem o grupo.
(2) Isso não é uma nota.
(3) A responsabilidade deliberar é toda deles.
(4) Divergências atuais o grupo leva na vara especial.
(5) Pelo Conselhoo.
(6) Se fosse bom a gente vendia.
(7) Atualmente constam apenas os bustos.

o dia amanhaceu prometendo tanta chuva quanto sol

se você não entendeu ainda, essa é a igreja de luis alves (aquela cidade da igreja)

mr. heil, iniciando mais um dia uniformemente variado

peraí, peraí que o saco tá pegando no raio!

não é tão corrente quanto a última, mas dessa vez passará

despedida no portão (e na guarita) do seu luis alves

a guarita parece uma torre de castelo, só que sem o castelo

vamo-nos, deixando para trás apenas a saudade e o fotógrafo

sabe aquele papo do sol que evapora água que faz nuvem? é.

por aqui tem árvore que só cresce em cima da árvore

uma bela panorâmica da magnífica paisagem de passagem

praticamente a bela panorâmica, só que sem o panorama

escolha a via, mr. raio. só não me vá cair duas vezes no mesmo lugar

bicicleta é sinônimo de sustentabilidade!

só mais uma, nem dá pra fazer um albumquê de flores

roizemilho, roizemilho e milhoemaisroiz

maisroiz. ah, vai dizer que não dá vontade de se jogar?

tá. então vai dizer que não dá vontade de ir pastar?

essa coisa linda o lulis cantou, cantou, mas mr. heil que comeu

às vezes íamos sob um céu lindo por km à fios

mas era só questão de prestar mais atenção aos lados

não rateais na subida, piores virão (e como!)

não subais na rateada, virares pirão (e como!)

que felicidade, chegamos ao incrível morro do baú

mr. raio quase leva uma maquinada por trás

mas que nada, mr. raio é rápido como um, um... relâmpago

mais morro do baú, uma homenagem póstuma ao lombarde

com direito a flores e tudo (mesmo que tudo seja flores)

mais uma parada em área de picnic de posto, suando cabras

ah, uma casa no campo! e com um banquinho na varanda...

pelo sorriso esse é o relâmpago mcqueen, só que adaptado ao meio rural

isso aí parece uma premonição do que virá por aí amanhã...

igrejinhas: assim como era no vale europeu, agora e sempre

não basta ser bonita, tem que ter volume!

procure o gado para tentar entender o tamanho monstruoso da árvore

e quem é que aparece bombando por aqui? ela mesma: a tobata!!!

eucaliptos com arroz. percebeu como o arroz é ótimo acompanhamento?

ilhota (há terra na roupa íntima) por um fio dágua (ou dental, decerto)

é que ilhota é a capital de moda praia, só que sem a praia

mr. heil. o famoso galinho da sadia, só que sem o capacete

o bar fechou pro almoço, mas o dono foi legal e emprestou mesa e sombra

nem só de arroz se faz o verde daqui

senhores! é sempre um prazer inenarrável, indescritível, in...

inestimável e impedalável pedalar com vossas senhorias

arrozal verde é bonito, mas verde longe é mais seguro

eu não ia contar, mas mr. raio soltou alguma ali atrás

bah, 116 não é número de foto, é nome de bê érre

pela cor do rio dá pra dizer que essa ponte é viaduto

ó célebre raio, preferes ser tratado por "mr." ou por "rod."?

acho que na próxima vão limitar as fotos de passarinho também

parada obrigatória para ver como sua, como sua...

como sua senhoria sua, não é mesmo?

achou graça, né? como a sua também!

fica chateado, não, esse calor derrete até a alma sua

em camboriú velho, parada para as projeções da viagem

depois vai sair falando que pedala com um bando de viadinhos

há! o bom velhinho? há! é o de vermelho!

e você achava que tinha uma grande coroa, né?

trocamos uma boa prosa cicloturística, além da água

o grandão aí é o pedrão rocha

não fique triste, mr. raio, ainda hoje rola bombas e bombinhas

ih, pela cor do seu, digo, do céu, aí vem bomba mesmo!

e explodiu! mr. raio dançou - e adivinha quem entrou na roda...

itapema, aí vamos nós - nós e a chuva!

vamo-nos, mr. raio fica por aqui até arrumar a rabeta

um belo arco-íris, só que de chuva!

e lávem a chuva... haja saco para proteger tudo da água

nessa esticadinha até a ponta acho que sentamos...

bah, não vamos cair em desânimo

veja, a gente só tem que chegar até o outro lado!

todo sofrimento será compensado (se não for maciço)

deixa eu adivinhar: aqui venta, às vezes

no fundo, no fundo, se vê que estamos longe

os últimos raios de sol pintaram uma imagem única!

tá, duas imagens únicas (únicas mesmo que duas...)
O odois já comeu de um tudo nessa vida expedicionária. Podemos dizer que não temos qualquer preconceito quanto à cor, idade, textura, consistência ou família dos alimentos que ingerimos. Com exceção do du, que diz não pedalar com as pessoas que pedalam com ele (ainda que existam divergências sobre esta máxima), todos os cicloturistas aceitam tudo de bom grado por aqui. Já provamos de quase tudo, e ainda podemos provar (e provar com fotos, ora veja (veja mesmo: no outrélio aqui ao lado))!
Apesar do nosso indigesto histórico, nunca houve registro de overflow ciclo-alimentício. Nunca, até a manhã deste dia. O du acordou combalido (ou macambúzio, como diria o outro) e foi brincar de chafariz com o diafragma logo cedo. Sem vontade de tomar café ou de cantar uma bela canção, saímos sabendo que era dia de transpor muitos dos morros matadores do circuito. Recém passada a primeira subida, de Bombas à Bombinhas, o du não tomou algo para ver se melhorava e, pombas, outra bombada!
- Nota gástrica
- Acaso conheces, bílico leitor, o efeito da combinação de gatorade com sal de fruta? Praticamente o mesmo da mistura de mentos com coca-cola. Não tente fazer isso na sua casa (e nem no seu estômago).
O alívio só veio com uma consultoria farmaco-homeo-esteto-somática: chá de boldo concentrado (praticamente uma cápsula de energético de guaraná, só quem sem o guaraná). Uma hora parados, aguardando reações. Efeitos com laterais (e com, com componentes): enquanto o du começava a melhorar, o lulis começava a ficar proporcionalmente pior. Suspeitas recaem sobre a água do suco da noite anterior que, procurada pela equipe, preferiu não se pronunciar (embora tenha saído da boca pra fora).
Animados assim, encaramos o roteiro mais difícil e tenebroso do circuito. Cinco das cinco subidas planilhadas eram indicadas em vermelho, que naquela condição mental e física nos soou como "ó, mas que lindo dia para caminhar!". E assim foi, mais tempo empurrando a bicicleta do que pedalando...
Mas como nem tudo são floras (como diria o intestino), ao menos um consolo: passada a metade do dia pudemos contar com a disposição e o apoio do bom velhinho. Mr. Raio reavivou sua máquina austral pedalalálica antes mesmo de precisar recorrer a outros meios e, nas cercanias de Itapema, juntou-se (ah, o espírito join vilense!) ao comboio dos sem-apetite.
Tocamos rasgando (e se rasgando) pelos morros, com destino à interpraias - a estrada que revolucionaria e substituiria para sempre a expressão legal "é oito ou oitenta" (bem legal, por sinal):
- Lei do "é 30 ou 30"
- Promulgada na Constituição Ciclística da Interpraias, discorre sobre o tempo necessário para transpor subidas e descidas na referida. Reza que são necessários cerca de 30 minutos para transpor os trechos de subida embora, em contrapartida, o percurso das descidas deva atingir, em média, 30 segundos.
- Lei do "é 3 ou 70"
- Discorre sobre as mesmas condições, embora refira-se às velocidades médias (km/h).
Passado o apuro (leia-se interpraias), a tarefa era chegar a um camping em Balneário Camboriú (embora muitos, a exemplo de Bombas, já tivessem transcendido). Depois de mais 8 km, 1 pneu furado, alguns desencontros e muita chuva, chegamos ao único camping remanecente no município. Mr. Heil acomodou-se em casa de família (a sua) enquanto ficamos negociando. Turca daqui, turca de lá e (truco!), trocamos o acampamento por uma noite no dormitório do camping (perfeito para os dois, quebrados e molhados).
Para encerrar o dia, uma recompensa: um jantar com a graciosa família da Grace (dona da caixinha), incluindo ninguém menos que o advogado do odois (o velho mais engraçado do Brasil!), dignos de nota por aqui. Alimentamo-nos bem, principalmente à alma: muitas histórias e boas risadas (muitas risadas - e gostava, gostava!). Anotamos duas promessas: uma de retribuir a visita (mesmo que a gente não acredite que eles venham de bike) e outra de documentar em vídeo (gravava!) o depoimento do nosso sapiente (leia-se também hilário) guru, legítimo acadêmico do recém instituído Conselhoo.
Carona e, enfim, cama: fim de um dia muito, mas muito cansativo (tão cansativo, mas tão cansativo, que até você, pestanejante leitor, deve ter cansado de ler!).
- Gás O² Tronômico
- Pequeno compêndio dos hábitos alimentares típicos do homo cicloturísticus.
- Jantar estilo festa havaiana, sopão de terreiro e siri satírico;
- Macarrão de pote, de pedágio e de saco;
- Lanches estilo uniforme frutinha, morangos roubados e exclusão social;
- Especiarias como pinhão sapeca e cachorro-quente molhado;
- Aniversários com diminuto defumado e panetone coreografado;
- Paradas estilo refri de beijinho, outras porcarias...
(²) E gostava, ah gostava!

o gatinho, pela manhã, depois dos afazeres na caixinha de areia

já não tão animado, em fase de recuperação pós-overdósica

um subida que deu um mariscaldo nos ciclistas

essa subida, nessa condição, foi de vomitar as tripas

depois de tanto subir uma bela vista... tudo tem seu preço

falando em preço, não parece que é por aqui que vamos pousar...

não é fácil ter acesso à praia naquele canto grande, momento raro

ainda se jogando pelos cantos, du? maré de azar?

azar nada - fora a chuva que vem por aí, tudo ótemo

que cara é essa, tá revoltado? por inteiro ou só o estômago?

essa mangueirinha super higienizada deve ter colaborado no estrago

um, dois, três, quatro, zimbro subidas de lascar, só que numa só

pausa pra respirar... sabia que o pessoal jura que é mais rápido por aqui?

ao que me parece, a famosa zimbros está aos nossos pés

a bike do lulis sempre teve uma quedinha pela do du

du na ameixa versus lulis no bolo, assim é injusto

olimpíadas do faustão: pula rolos ou piscina de lama?

quem diria: itapema sob outro ângulo, o do mar verde

o pássaro bêbado e equilibrista

siga a seta. ah, subida? capaz! tão raras por aqui!

mais uma das cerca de 300 empresas (e 1 rodovia) do Mr. Heil

o ângulo da foto não representou a pesada inclinação. dói lembrar

itapema aos nossos pés, a bola de praia da vez

pelo tipo das subidas estes são os famosos campos de altitude

humn... depois de cozinhar no sol, olha só quem está no ponto!

o du em uma demonstração acroprática de circoturismo

pelo tipo da subida o negócio é fazer malabarismo, mesmo

interpraias é assim: é 3 km/h ou 70 km/h

o famoso vento sur descabelando o palhaço do coqueiro

a famosa praia famosa de nudismo famoso do famoso sul do mundo

o negócio é rachar a taquara na descida!

o que não falta aqui é praia bonita, mesmo com tempo feio

sobe pedalando, câmera! não é íngreme, não...

mr. heil anuncia: não há mais muita serrrrrra à vista!

essa última subida foi de trincar os ovos, percebeu?

não pode mesmo embarcar cicloturista no tele-esférico?

chegando lá, lá... lá onde o sol brilha forte! mas só até as 15h!

mais uma exaustravessia e, voilá: bien venidos a Camboriú beach!

ah, família athaíde: não há comentário à altura da (en)graça da noite! obrigado!
Ah, noite que passou foi realmente proveitosa (muita calma na interpretação, desconfiado leitor)! Depois de cozinhar-se-me-nos na barracada da noite anterior (e na estomacada macambúzica do dia), um quarto (inteiro) com ventilador e chuva (lá fora, mas refresca) foi suficiente para criar o ambiente ideal para um bom descanso.
Pazes feitas com o estômago (embora houvessem resquícios (no desempenho, não nas roupas íntimas)), iniciamos um dia que prometia ser mais traquilo, com algumas vermelhas subidas, embora curtas (praticamente súbitas, ou súbidas, ou subitas, como preferir - mesmo preferindo descidas).
De Balneário para Praia Brava de Itajaí mudamos da água para o vinho, ou melhor, do asfalto para a terra (mesmo que depois tenhamos passado praticamente pelo mar, literalmente). Foi como mudar de um prédio mega-ultra-tower (só que sem elevador) para um sobrado duplex (que ainda assim, não se engane, tem lá suas subidas). Após a passagem pela praia, a fábrica de triturar grãos de começou a operar nas transmissões das bikes. Algumas praias calmas, poucas súbidas e, enfim, a balsa Itajaí-Navegantes.
- Nota britânica
- Mr. Rod (Mr. Raio, ou Rod. Heil, como preferir - mesmo preferindo pedalar), um homem de muitos contatos, havia combinado com um amigo uma visita para um café da manhã tardio em Navegantes. Fomos muito bem recebidos pelo famoso Mr. Bean (só que sem a inglaterra, mas com cicloturismo). A conversa foi de vento em popa, encerrando a visita (e o café) praticamente na hora do almoço.
O vento sur se ia a toda e, felizmente, a favor. Antes de chegar ao Alberto Roberto Carreiro World, mais um pequeno desvio do circuito. As blasfêmias proferidas em mais uma subida logo deram lugar a interjeições e sorrisos maravilhados com a beleza do local. O desvio da Penha foi, sem dúvida, um dos trechos mais bonitos do circuito todo. Dia calmo, chuvoso, praias vazias.
Paramos adiante, em Piçarras, para um pseudo-almoço na "ponta da casa". Nesta hora decidimos dar um fim no Albino, um chocotone candidato a Incólume Objeto Itinerante que frequentava o alforge do lulis desde a véspera do primeiro dia. Depois de cinco dias viajando pelas paradas catarinenses, o heróico quitute natalino encerrou sua viagem a poucos quilômetros de concluir circuito.
Panetone eliminado, seguimos até o posto de informações turísticas de Piçarras, onde atingimos o marco de 100% de circuito Costa Verde e Mar concluído. Muita alegria e comemoração, mas tivemos que irmo-se-me-nos logo: ainda faltava um bom chão (molhado) até Joinville.
Acompanhados por muita chuva, ao menos tivemos o prazer de remendar um pneu furado de Mr. Raio utilizando o incrível sistema facilitador "pica-fora-rápido-esse-alforje-alemão". Terminamos o dia molhados em Chuvaville, mas com ânimo suficiente para finalizar o circuito com chave de ouro em um rodiziático heililílico jantar.
- Os Incólumes Objetos Itinerantes
- É de conhecimento de qualquer caminhante e pedalante sujeito a cargas anexadas (independente de sua natureza, volume, peso ou opção sexual) a existência de certos objetos que costumam percorrer longas viajens intactos, pormaisque tenham sido incluídos no intuito de supostamente serem consumidos.
- Estes víveres inabaláveis, denominados Incólumes Objetos Itinerantes (IOI), costumam materializar-se sob a forma de itens como pacotes de miojo, sucos em pó, bolachas salgadas, pacotes de orégano e similares.
- Embora muitos acabem por sucumbir após o retorno da expedição, alguns são notadamente persistentes. O IOI mais antigo do grupo é o Mário Alberto, um pacote de Tang laranja meio aberto que já participou intacto de três passeios, duas viagens grandes e uma reunião doméstica.
Chega o sexto dia (nem o6 aguentam mais é 6 stória). Nessa altura (à altitude de Joinville) estávamos bem cansados e ainda em fase de recuperação do trauma da revolução-e-rotação-gástrica. Acordamos cedo, acolhendo a sugestão do Mestre Raio (que nos acusa de constantemente partir tarde demais), e constatamos que a megalópode catarinense realmente faz juz ao apelido de chuvaville...
Agraciados pela Cia. Heil de cicloturismo até o complexo-hidro-episcopal Rudnick, despedimo-se-me-nos tomando a BR101 (e a chuva também). Restavam apenas 100km e 900m de altitude (leia-se "problemas"). Na tradicional (praticamente tombada) parada em Garuva, sentíamo-nos como quem já percorreu o dobro disso, embora os instrumentos cagoetassem apenas 15km e -20m.
A subida da serra foi recordista: N paradas pra descansar (perdemos a energia e a conta) e velocidade média de 6km/h (sim, os quenianos passeiam muito mais rápido). Tanto "desempenho" culminou posto na altura da Vossoroca's Mountain, onde almoçamos antes de pedalar os 60km restantes.
Mais à frente, parados para esperar a chuva passar (passe logo, passe por cima, passe mal - mas passe!), ouvíamos atentos os contos de um motorista de auto-socorro. Exaustos e molhados, seguimos mesmo sob chuva (antes que autoçougueiro cortasse, digo, contasse mais alguma peça). Findamos o sexto dia com a sensação de missão muito comprida: o circuito devidamente circuitado e ciclistas devidamente verdes e mareados. E que venham as próximas bombas: pedalaremo-se-me-las! =)

praticamente todos os nossos comentários também!

os lixeiros estão começando a recolher o que restou do natal

pelamordedeus, pelomar? é, é o roteiro, e aqui não tem fuga, não

esse pessoal do odois é mesmo desequilibrado

ó, raios! o senhor está parado em uma vaga irregular!

um costão de verde, só que sem o costão e sem o verde

a famosa pedra doentia bico de papagaio

aviso aos navegantes: mulheres idosos e ciclistas primeiro

mr. bean e os seus amigos num excelente pit-stop

pegando embalos de navegantes ao dia

ô, ô, ô, du, quer dizer que o lulis também foi na viagem?

o trapiche de vôo. livre, livre

ha! assim vôa! tipo um ciclonvento, só que sem o ciclo e sem as freiras

o du bombadinho com a rajada de vento sur (sur preendente)

veículos lentos usem a faixa da direita, o freio motor e a sorte

costão de são roque (saint rocks), tribonito, vale uma boa caminhada

"close" no furo na pedra furada, que hoje não dá pra chegar lá

vista das costas do costão (o buraco era mais embaixo, e do outro lado)

um lugar chamado ponta da casa (não ta aí, mas tem sim! tem sim!)

não é a casa da ponta da casa, mas a parada apontou por esta ponta

o du cansou: chega dessas planilhas nas coxas

cicloturismo psicotrópico iberotrance hipergládico

biçarras maneiras de fazer divisa entre dois municípios

uma incrível foto instantânea polariod de todos os três

despedida da praia (vê-se o pessoal se despedindo lá atrás)

ah, o du seguiu levando o trajeto nas coxas até o final

nosso fechamento oficial do ciclo do circuito (circuitorismo, conhece?)

mr. raio, aparentemente há tormentado com o final da viagem

vocês também perceberam que o du não fez a barba pra viagem?

um excelente encerramento à italiana, mesmo comendo portuguesa

raros momentos em que o odois acorda tão cedo (que cara, hein?)

a famosa serra que fica perto de joinville

mister, o sr. por acaso esqueceu uma perna em casa?

a triste despedida de nosso fiel mercador e escudeiro

a tradicional parada em garuva, nesse momento já bem cansados

fé, irmãos do odois, só faltam mais 800m de atitude...

para encerrar, vamos lá, mais uma trança de pernas e braços, como no 1º dia

exaustos como dois cães sarnentos, descansávamos jogados no chão

última parada, só para esperar a chuva não passar antes de seguir
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Hotel Colina's. Marlene e Walter (47)3377-1178, hotel.colina@uol.com.br. R. 18 de julho, 1112 - Luis Alves - SC.
Camping Sombra Mar. (47)3393-6211. R. dos Canários, 4 - Praia de Bombas - Bombinhas - SC.
Camping Oásis. (47)3366-3028 . R. Malásia esq. com Av. do Estado (altura nº 2800) - Baln. Camboriú - SC.