Morro do Sete
Esta poderia ser uma reunião de amigos, uma convenção de pedalantes ou mesmo uma confraternização de cicloturistas. E até seria, se não fosse mais do que isso: este foi um verdadeiro Desafio Interblogs. Não uma competição, mas sim um desafio de superação que reuniu aventureiros conectados no mesmo espírito: odois.org, Transpirando.com, Dois MegaPixel, Rafael Gassner e Fabrício Souza. Todos dispostos a correr (e pedalar) os riscos de uma atividade intensa (e tensa) de pedal com, com, com... conjugado com montanhismo e condenado a soltar as tiras de todo mundo!
No email de convocação já se via o tamanho do desafio pelo apelido - interblogs sete suicida não é exatamente um convite para passear no parque. Uma proposta de 12 horas de atividade (das 7 às 7!), pedalando até a cabeceira da estrada da Graciosa, subindo a densa e longa trilha do Morro do Sete e retornando sobre as bikes (e pedalando!). Não achou grande coisa, foi? Então interprete o gráfico abaixo e entenda melhor os riscos envolvidos...
Partimos cedo (às 7, mas já meio atrasados) em peso, tomando a estrada do Alfaville até Quatro Barras. De lá curtimos a estrada D. Pedro II, a "Velha Graciosa", que encontra-se em obras em vários trechos (parte de asfaltamento, parte de restauração). Quase no final da estrada tomamos a "Trilha do Alemão", um agradável atalho para nosso primeiro destino: a casa de pedra, na base do morro do Sete (um parágrafo inteiro sem piada? isso só pode ser uma piada...).
Já cansados, suando pacas (característica fauno-climática da região morreteana nesta estação), fomos recebidos pelos amigos que já se ambientavam na chácara que serviria de base para a caminhada. A presença feminina, com direito a uniforme do odois, despertou comentários impagáveis dos pedalantes: "olha, no próximo interblogs quero uma recepção assim também", "bom, se vocês são o odois, elas são as odetes, certo?", e por aí foi...
- Morro do Sete e Mãe Catira
- Você, que já olhou para cima alguma vez em que estava subindo a serra da graciosa, já deve ter visto que algumas montanhas habitam a região - algumas delas bem pedregulhosas e paredisíacadas (paredão mesmo). A principal delas é o Morro do Sete. É, sem dúvida, a mais imponente, vista de diversos recantos por ali. A origem do nome vem de uma marca perto do cume que muito se parece com o número 7.
- Apesar de toda imponência, não é o ponto mais alto da Serra da Graciosa. Quem detem esse título é o Morro Mãe Catira, com cerca de 1450m. Mas não se preocupe: se ficou interessado, vai ter que passar pelo Mãe Catira pra chegar no Sete, é caminho. Hum.. Isso quer dizer subir até 1450m e depois descer até 1350m? Isso mesmo, e esse inclusive é um dos motivos de alguns expedicionários se perderem por ali. A descida entre o Mãe Catira (cerca de 1h) e o Sete é muito íngreme, o que desacredita qualquer um que imagina estar seguindo para um "cume". Não há porque se preocupar, um pouco depois começa a subir de volta).
- Ainda que belos e próximos, os dois "morros" são pouco habitados pelos seres da montanha. Por esse motivo, a trilha costuma estar sempre bem fechada. Em alguns trechos a caminhada e os caminhantes são bastante prejudicados pela altura da vegetação.
- No cume do Mãe Catira há uma marca geodésica (vide foto 42) - digna da nota porque há uma certa decepção ao chegar ao "cume": o mato é bem fechado, nada convencional para um "alto da montanha". O melhor ponto de observação e parada é uns 5 minutos antes do cume (volte!). Ou, se sobrar fôlego, mais uma hora pra o cume do Sete (esse sim, com uma bela vista).
Acesso: Um pouco antes do início da descida da serra, na estrada da Graciosa, há uma placa indicando "Casa de Pedra" à direita. Alguns minutos depois encontra-se a casa onde um simpático casal de idade acolhe os visitantes. A trilha começa por ali.
E foi mesmo. O thi, por exemplo, foi pra casa, enquanto os demais se aprumavam para subir. Cachorradas aéreas à parte, começamos a trilha do sete bem como ela é: subida íngreme, pesada, molhada e abafada (tropical, quente e úmida são qualificações merecidas). A caminhada intensa definiu naturalmente dois grupos, ficando as meninas e seus respectivos ancorados para trás: acabaram parando no meio do caminho, no cume do Mãe Catira (ou melhor, ali por perto, já que o cume oculta a vista).
O primeiro grupo, determinado a cumprir o desafio, tomou distância e seguiu até o cume do Sete, descendo e subindo mais um bom tanto. Mesmo com o tempo fechado, algumas brechas nebulosas permitiram a visada da baía de Antonina, da estrada da Graciosa e dos morros próximos (inclusive o sete e o mãe catira, reciprocamente).
- Nota de Risco
- Muita lama e vegetação à altura (à altura do peito) marcaram os riscos durante toda a trilha - marcaram pernas, braços, pescoço e o rosto dos intrépidos montanhistas que por lá se arriscaram...
No retorno, uma surpresa. Outro grupo que subia nos deixou um companheiro no alto do mãe catira: um filhote que já tinha perdido o medo de altura nas mãos do Stulzer. E se não tinha perdido, azar: ainda teve que voar mais algumas vezes... Trilha abaixo, refrescamo-nos nos providenciais riachos e, já mais descansados, começamos a levantar acampamento para retomar o pedal (pormaisque não tenhamos levado barraca alguma...).
Tomamos o acesso à BR116 pela Graciosa, e tomamos um belo caldo de cana com pastel (tamanho GG) próximo ao portal. Retomamos (o caldo de cana sempre tem um chorinho...) o caminho e acabamos (realmente, estávamos acabados!) nos despedindo aos poucos, pelo caminho. Exaustos e rasgados, uma certeza todos tínhamos: no fim das contas, vencer o desafio valeu todos os riscos!

sete ciclistas predispostos para o morro do sete (e mais um câmera oculto)

interblogs: garagem na frente, seguido de fsbricio, odois, transpirando e rgg

não dá pra dizer que o pessoal não estava animado com a idéia, hein?

parada só pra dar uma bombadinha, furo mesmo não rolou dessa vez

o stulzer nem transpirando estava, mas já estava tirando foto...

...do lulis fotógrafo de máquina nova! tipo tira a minha que eu tiro a tua, é? (s)

é desnecessário dizer que parar por aqui é sagrado, né?

o gassner tá uma alegria só, olha que sorriso angelical... pé de moleque!

o arce já prefere deixar de doce e comer um misto

já o fabrício é a prova de que cada um come o que quiser

ha, eu sabia que o thi ia dar uma risadinha sobre esse comentário...

que foi du, não entendeu? ah, não, tá comendo quietinho, é?

ainda no assunto, vamos falar sério, depilar as pernas é essencial, né?

o luiz se precaveu e decidiu seguir a trilha do alemão com segurança

ah, claro, florzinha! câmera nova, mas os furos são os mesmos!

falando em furos, cadê o pedaleiro e o cicloturista urbano no interblogs?

calma, gente, calma, não esquentem a cabeça, na próxima eles estão por aí (s)

os sem bike: jana (uma legítima odete, segundo o stulzer), liége e o pedro

os mais prevenidos calçam botas e botam calças para minimizar os riscos

riscos mesmo corriam os cachorros por perto do stulzer... segura essa!

olha lá, traumatizou o pequeno, não vai mais querer saber de altura...

olha aí, um odois e uma odete! mas já vai, thi? tá cedo!

detalhe para o mini mural inaugural de planilhas planejadas do thi

quase no meio do caminho pro sete (entre 3 e 3.5), transpirando legal (s)

eeepa, tem pouco cabelo e muito galho nessa foto... odete, odete!

foco na flor fálica fotografada figurando facinha na floresta

a paisagem da janela no mãe catira a libélula roubou no ar

sinceramente? pêlo no sovaco não tem como encarar!

subindo pro mãe catira com as caratuvas riscando a paisagem

arce, não quero te ver machucado, senão o tempo vai fechar pro teu lado! (s)

parte parte pro 7 e parte parte pras fotos no catira, sem grilos. ou com...

a beleza a flora por aqui

a distância entre a linda flor e a eletricidade estática é mínima

agora sem a libélula. acho.

assim sim, bem arrumadinha e pintada pra balada, né?

para os que não gostam de florzinha: frutinhas!

os seis no sete, do catira: onde está a caixa? e o wally?

fabricio, deu pra ver que o stulzer tem caixa atrás? (g)

desculpa, cara, mas todo mundo ficou de olho, viu? (g)

chega de sete! disse a nuvem, engolindo tudo ao redor

aqui no catira as coisas continuam pictográficas

ponto de triangulação, marco geodésico e libertas quae sera tamen

isso não parece mangá? ah, não, isso é flor, mangá é frutá

e a volta mostrava que não tinha mesmo muito como ver além de pouco (g)

tá meio cansado, menino? arriscou demais, foi? (g)

o riozinho do reencontro, de mergulhar o corpo inteiro no calor

olha quem está aqui: odete, gassner pé de moleque prateado e o incrível cãostronauta!

lá vai o stulzer: decola, menino, decola!

sabem que o bicho foi até o alto do mãe catira e voltou? é, o cão!

agora sim, esse aí é o cão! acho que vai precisar de um brevê em breve

freddie mercury prateado, só que sem o prateado. e sem o freddy. mas é.

a galera chegando da montanha no pau, recuperando as forças

e se refrescando da cabeça aos pés (g)

a famigerada casa de pedra, ponto de referência para a entrada da fazenda

uma linda flor com dois belos pares de pernas. passeio aracnídeo esse...

aaaahhhh.... caldo de cana! vamos ligar o turbooo!

o arce realmente se arriscou nessa expedição! de perder a cabeça!

é, du, também tô pensando em como ele vai explicar isso em casa...

alguns marrecos para animar o companheiro gassner

foco, gassner, vamos ter foco! marreco é o cão!

todos fartos e o stulzer tentando, tentando terminar o segundo pastel...

uma volta exaustiva: du, arce, gassner e o ciririca logo atrás