Alto da Graciosa
Se você é leitor do site há muito tempo e acompanha os nossos textos (ou você é um novo leitor e leu tudo mesmo assim), já deve ter percebido uma tendência a caminhos nas entranhas da Serra do Mar.
Seria uma ausência ecoespiritual? Não, é vontade de se meter no meio do nada mesmo, perdidão, molhado e cheio de lama. Mais ou menos isso.
A maior dificuldade dessa expedição foi definir o nome. Não por falta, mas sim por excesso - foram várias tentativas de fazer várias coisas. Uma delas deu certo: explorar uma trilha do alto da região da Estrada da Graciosa. Começou com o objetivo de chegar próxima ao caminho do Itupava, por trás do Morro do Anhangava. Surge a primeira idéia: Costas do Anhangava - mas o problema é que já estávamos antropomorfizando demais o pobre morro (vide pé-do-anhangava). Chegamos em uma porteira no final da estrada, culminando inclusive em um conflito de mamíferos (tinha 'ma vaquinha cu'medo de nóis e nóis d'ela).
Longe de atingir algum objetivo, o Arce nos guiou até uma estrada/trilha que havia percorrido em uma prova de mountain-bike. Ela parte da antiga estrada da Graciosa (D. Pedro II) passando pela base do Morro do Sete terminando no início da descida da nova graciosa (que por sinal tá velhinha também, mais de cem anos).
- A Trilha do Alemão
- É acessada por montanhistas a partir da Estrada da Graciosa, exatamente onde inicia a descida. É de pavimento tipo cascalho e se une discretamente à PR410. Pelo outro lado (desde a estrada Dom Pedro II), só se passa com veículos 4x4 ou 2x1 (como a bicicleta por exemplo). A trilha começa a melhorar exatamente na entrada da trilha do Morro do Sete.
A trilha é bem pedregulhar e úmida (na ocasião), valendo o passeio e mais uma esticada até o primeiro recanto da Graciosa. Afinal, se custou R$2 por componente, alguma coisa teve que ser consumida.

calma, pequeno thiago, esperar o arce exige muita paciência

arce, faz a gente esperar mais de uma hora e acha que vai compensar na fuga?

ô, du, desculpa aí, é que, sabe como é, né, eu sou durmo na queda

já perdoado, o arce sorri enquanto o thiago usa drogas pesadas (ciclistaína em luva)

aqui ainda achávamos que iríamos pegar o anhangava por trás...

arce, chega de atrasos, daqui pra frente é no sistema tagliarini de tolerância dezminuta!

decidimos que esse era o ponto certo para uma parada

e ninguém pra dizer: suba o anhangava por aqui! itupave-se por estes lados! ninguém.

pô, vem cá, o du tá meio gordinho nessa foto, não?

ahá! que du que nada, é só um milagre: o lulis em uma foto!

se a gente não chegar no anhangava vai ser muita avacalhação

humn. porteira fechada e a vaca lhação em pessoa, digo, em vaca mesmo

é, daqui só deu pra ver a nuca do anhangava...

já sei, é um cavalo!

hora de matar a sede e reprogramar o passeio

nossinhora! meus olhos não podem acreditar no que vejo! é uma, uma...

...uma, uma placa! (não, idiota, são várias!)

cicloturista sabor terra deixa posts para trás

objetos são objetivos sem muita objetividade. alguma objeção?

falando em objetivos, agora sim, a entrada da trilha do alemão

não, não. aqui temos apenas o arce e o thi. o alemão não veio hoje

essa é só pra dar uma idéia do estado da trilha (parece o amazonas)

o arce, na entrada da fazenda base do morro do 7

um belo visual de coisa nenhuma no alto da graciosa (mas, ainda assim, belo)

a entrada da trilha do alemão - que na verdade foi por donde saímos
Expediente #
texto por Du, fotos por Lulis, roteiro reformulado por Arce.
Pedalado por du, lulis, thiago, arce.
Publicado em 1 mar 2009.