Campinhos
O primeiro acampamento oficial do grupo, já com o nome de odois, com direito a presença ilustre de todos quase todos os componentes (pô thi!, pô bruno!, ah nem foram quase todos então). Viajar pela região norte seria uma novidade assustadoramente diferente, um caminho novo (óbvio, uma vez que se trata de uma novidade) para o grupo, com direito a subidas e descidas intermináveis (é claro que uma hora ou outra elas terminavam, senão não teria como publicar) em busca do Pq. Estadual de Campinhos.
Com o guia turístico que tínhamos a mão, era permitido inclusive acampar no parque (sabe aquele ícone de barraquinha? aparecia no mapa). Chegando lá a legislação ambiental já tinha mudado e nada mais podia ser feito. Graças a ajuda do pessoal, encontramos um outro canto (bem no alto por sinal, um canto alto) para pousar.
Tanta alegria só podia ser quebrada ao constatar que não seria permitida a entrada na Gruta no dia em que chegamos (por causa do horário) e, no dia seguinte o parque ficava fechado. É, toda a investida não rendeu sequer uma expedição intra-cavernosa em Campinhos.
Partimos rumo a um parque por nós desconhecido, por uma estrada inédita e sob um clima duvidoso. Passamos por Bocaiúva do Sul e seguimos até Tigre, localidade que circunda o Parque Estadual de Campinhos.
A estrada surpreendeu, ótimas condições após o trecho inicial exceto pelas ausência de asfalto nos vales, onde deveriam ser construídas pequenas pontes. Declives (bem como aclives) monumentais, realmente extasiante para ciclistas...
Após encontrar um local para acampamento restou-nos apenas dormir debaixo de temporal...
- Pq. Est. de Campinhos
- O Parque Estadual de Campinhos foi Criado em 60, com o objetivo principal de proteção das Grutas do Conjunto Jesuítas/Fada, que representam um dos monumentos naturais de maior importância do patrimônio espeleológico paranaense. O Parque abrange parte dos Municípios de Tunas do Paraná e Cerro Azul, os quais integram a porção norte da Região Metropolitana de Curitiba - Estado do Paraná.
Na manhã seguinte fomos até a cidade de Tunas: café da manhã após uma noite de muita chuva. Na volta mudamos o local do acampamento para evitar as infiltrações da noite anterior... - não necessariamente fez muita diferença, mas valeu a intenção.
O parque têm grutas muito belas que são visitadas com auxílio de guias internos.
Explorando as redondezas contamos com algumas surpresas no passeio, até uma suposta cachoeira local: conhecemos melhor Seu Francisco, patrimônio histórico da região, contador de histórias oficial do parque; e descobrimos um monumento ao ciclista pedreiro desconhecido em meio à mata!
No terceiro dia, após uma simpática despedida dos caseiro e família, seguimos por dentro da Vila do Tigre até atingir novamente a rodovia do sobe e desce, pra um lado e para o outro. É praticamente uma estrada de jingle, ou música pop baiana, essa estrada da ribeira. Garanto que daria um bom sucesso para o verão, ou mesmo para outra época do ano, para uma micareta, por exemplo.
Como nem tudo são curvas, o pneu do arce resolveu se manifestar contra o bom andamento da viagem, apresentando sinais de fadiga e impotência. Aquelas coisa de rotina, estoura o pneu numa curva aqui, remenda ali, estoura novamente ali.
A única solução foi a caça à bicicletaria de bairro na cidade de Bocaiuva do Sul. A saída, claro, do melhor jeito brasileiro, uma gambiarra de segunda, que felizmente ajudou a conduzi-lo até em casa.
Nota do editor para si mesmo: O termo conduzi-lo não é condizente com a atividade ciclo-turística. Cá pra nós (começar uma frase assim também não) que o pneu “gambiarrado” ajudou ele a se conduzir-se a si mesmo até sua própria casa.
Expediente #
Texto e geração de dados por Du e Lulis.
Pedalado por du, lulis, arce, cheps.
Publicado em 22 dez 2003.