Açungui e Ribeira
Depois de levar um mês editando a última homérica publicação, Costa Verde e Mar, resolvemos nos interiorizar e agilizar as coisas. E foi neste clima (bem instável, por sinal), em pleno carnaval, cansados de praia e agito, que corremos os planos (e pedalamos os não-planos) para contar de um outro roteiro que vale (mesmo que não o Europeu).
Com a púdica proposta de fugir das manifestações humanas e não-tão-humanas da festividade não-tão-católica do Carnaval, aventuramo-se-me-nos no famoso (e relevantemente temido) Vale da Ribeira. A inspiração partiu do velho sonho de conhecer a estrada do Açungui: praticamente uma estrada do Cerne, com o mesmo objetivo (Castro por dentro), só que mais novinha. Ainda escapamos pelos sulcos até Cerro Azul, velha conhecida, curtindo as exóticas paisagens do Vale (ah, vale!).
Divirta-se com um circuito powered by odois, roteado à mão (e mouse - viva o GoEth!) para desviar e, ainda assim, avistar os morros da região (praticamente impossível, só que com o praticamente), digno de figurar entre as aventuras mais dignas do grupo (mesmo em época de carnaval!).
Capítulos
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1Estrada do Açungui 1 dia 77 kmDIA 1 curitiba, almirante tamandaré, rio branco do sul, estrada do açungui, vila são vicente, açungui
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2Vila Jacaré e São Sebastião 1 dia 56 kmDIA 2 açungui, vila jacaré, são sebastião, vila bombas, cerro azul
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3De 320m a 1mil e tantos metros 1 dia 90 kmDIA 3 cerro azul, rio branco do sul, almirante tamandaré, curitiba
O primeiro dia prometia ser, de longe, o mais tranqüilo (ou melhor, o menos complicado). Sabíamos que as subidas não predominariam (iríamos dos 900m de altitude curitibana aos 400m de Açungui), mas as poucas que enfrentamos na estrada foram suficientes para lacear as tiras (o certo não seria PR092 ou BR092, mas sim MR092 - de montanha russa, mesmo!).
Logo na saída, compensando os últimos séculos de pontualidade (desde a idade média do odois), o thiago se atrasou e atrasou nossa partida em 45 minutos (do primeiro tempo). Saídos, curtimos o primeiro trecho até Rio Branco do Sul escaldando-se-me-nos. Agora, difícil mesmo foi a escalada técnica do centro da cidade ao cume da Rodóvia (algo como +200m de altitude). Para compensar o absurdo altimétrico, curtimos uma "leve" descida (de ciclista pegar 79km/h, frouxo!) em que, reza lenda, até a barraca sentiu medo!
- Estrada do Açungui
- Prima mais nova da famosa Estrada do Cerne (PR090), a Estrada do Açungui interliga Rio Branco do Sul à localidade de Socavão, já no município de Castro. Uma boa estrada de terra para um excelente pedal (motal, jipal, camionetal e tal) com paisagens realmente exóticas - e subida, subida pra caramba!
- Na data da publicação, as condições da estrada (ao menos até a Vila Açungui) eram, em geral, boas.
Acesso: Saindo de Rio Branco do Sul (sentido Cerro Azul), passados 15km do trevo de saída da cidade, entrar à esquerda (seguir placas de acesso à Pousada Ribeirão das Flores).
A paisagem da região é bastante atípica (embora a comunidade local deva achar bem típica). Definido pelo lulis como "várias caixas gigantes de ovo abertas", o cenário era algo parecido com uma linha de montagem de morros, lado a lado, prontos para assustar ciclistas. E assim se vai o relevo, destacando-se ainda mais no percurso da estrada do Açungui. Em dado momento o du, impressionado, quedou-se da bicicleta ainda preso à sua recém-antiga-provisória pedaleira...
O sol estava apertando quando resolvemos parar sob a guarda (e a boa sombra) da Igreja de São Vicente. Vendinha à vista, é hora de arranjar algo para amenizar o calor (nem que seja uma boa risada):
- lulis: Tarde! Vi a placa ali atrás, o Sr. tem geladinho aí?
- sr. na janela: Tarde. Tem. É quinhentos.
- lulis: ...Humn?!
- sr. na janela: Tem. É quinhentos cruzêro. ...Ah, não, mudô a moeda, é trinta centavo agora.
- lulis: ...Ah, é, agora mudou... Me veja seis então...
Muitas risadas e geladinhos depois (tinha gosto de infância, voltamos pegar mais alguns), seguimos quilômetros abaixo até a Vila do Açungui. Paramos na primeira venda para tomar mais um refrigerante (muitos outros já haviam sido tomados!) e prosear. O pessoal sugeriu conhecer as prainhas do Rio Açungui e depois procurar pouso na escola local. Parte do povo partiu para um aniversário, passou o ônibus e levou a outra parte, o refrigerante acabou, os cachorros se foram e nem eram 18h ainda. Então vá lá: vamos às prainhas!
Logo no começo do trajeto encontramos dois garotos da região que resolveram nos acompanhar de bicicleta. A enchente recente (pouco mais de uma semana antes) deixou a água do rio barrenta, a vegetação destruída nas margens e as pontes em estado precário. Bonito foi notar o espírito batalhador e humilde das pessoas do interior: já não lamentavam o caos, e ainda contavam os causos com bravura e um quê de orgulho de tê-lo visto e sobrevivido. Não um, mas sim vários exemplos, vários heróis.
Voltando, seguimos para a escola em busca de pouso. Ali conhecemos uma das maiores "figuras" de nossas viagens: Zezinho, vigia da Escola Estadual José Elias (e futuro vereador, vê-se logo). Fez alguns contatos para autorizar nossa permanência e assegurar-se de que não haveria problema. Por fim, acantonamos no pátio da escola graças a ele, que tornou-se grande parceiro de conversas e risadas. Tanto que ficou combinado: um dia a gente volta lá para comer uma galinha caipira na Chácara do Zezinho! Ê, nóis!

vem cá, vamos começar logo com esse troço? sobe!

começando pelo arce, viajando de alvará concedido

seguindo com o thi, ainda acordando do atraso

o du, com seu bronzeado há-flor-de-cem-dentes

e o lulis parecendo um escorregador de cimento

tudo em equilíbrio (salvo meia araucária no chão)

parece que o pessoal está ensaiando algum hino por aí

ah, sim! como era mesmo a música da priscila, rainha do deserto?

flagra! que absurdo! olha lá! descaso! álcool acima de R$2!

você não achou incrível o sistema de transporte coletivo cigano?

é, eles transportam mais carga do que nós, incluindo ciganos

pois é, esse tipo de abuso é uma pena!

ah, não é uma pena não! é ele, ô ô ô mr. heil!!!

trecho sinuoso nos próximos [inserir a extensão da rodovia aqui] km

na falta de um bar, vamos esvaziando o cantil em qualquer canto

ô, ô, ô ô, ô arce. tú conhece o bérril háiti?

ô, ô, ô ô, ô thi. e tú, conhece o bérril háiti?

bela paisagem com nuvens em formato de bigode do mr. heil

aqui já dá pra sentir como é o relevo tipo caixa gigante de ovo

vamos subindo logo com isso que eu não tenho o dia todo!

a paisagem é linda, mas o mirante é um lixo

gente, vocês estão subindo desde duas fotos atrás?

garçon! manda mais uma caramanhola de água de posto!

tudo tão enrugado que aqui deve ser o pé-de-galinha do olho do mundo

abaixa, arce, olha a antena! ufa, foi por um fio!

o menino da porteira, teste com o primeiro ator

bigode do mr. heil, teste com a segunda nuvem

vamos falar sério agora: daqui pra frente a coisa é barra!

bem vindo à estrada do açungui (que, mesmo sendo pra baixo, sobe)

bah, pelas listras eu diria que essa é a estrada do tigre (ou dá zebra?)

pela sombra você vê que o arce é, na verdade, uma libélula

vocês estão levando muito a sério essa estória de carnaval no meio do mato

pausa para lanchinho no bar (pormaisque pareça um cocho)

ah, são vicente, foi uma benção essa sombrinha

árvores nada naturais, até a sombra precisa de retoque no photoshop

ah, refrescando-se-me-gê-lo? quinhentos cruzêro!

hora da soneca, du, pode tirar o óculos agora

arce, sonhando o quê com esse sorriso? e esse capacete?

o thi já dormia longe, desligado no melhor estilo selton melo

o menino da porteira, teste com o segundo ator

ok, chega de teste no alto do morro. desce daí, menino

thi tri combustível: painel solar, álcool e água (nessa ordem)

calma gente, pedalem e pensem que sempre poderia ser pior

não falei? olha aí, trânsito de carnaval deixa qualquer um louco

ah, sim, decida: caixas de ovo ou não?

a vaca e a libélula (isso não rende uma minissérie da globo?)

os morros continuam enrugados, mas pentearam os bigodes do mr. nuvem

uma cara de praia nessa estrada (só que sem o mar)

na lomba: você consegue ver o cicloturista? ó, vaca não vale

estradinha bonita que dá gosto de parar, né, arce?

saca só o panorama da curva, com double du dublado

um legítimo cotovelo 180 half slide back pack under wear

a curiosa engenharia da ponte em rampa da vila de açungui

o açungui, farto, com barro até a boca

em pensar que isso era um tipo de prainha...

o rio passou um bom tanto acima da ponte e levou a segurança embora

olha os nossos guias aí! agora a volta é por nossa conta!

o zezinho! agora tenta adivinhar qual o cicloturista que ainda não estava lavado!

o macarrão do chef du foi aprovado até não aguentar mais

o pátio da escola, à noite: nenhum mosquito e paz de férias
Oito-e-meia da manhã, neblina, algum pouco movimento: preparativos iniciais do café-da-manhã-do-odois (praticamente uma merenda, em se sendo no pátio). Thiago ainda meio-que-dormia quando ouviu algumas palavras entrecortadas: "... sobe ... sebas ... serrinha ..." Sebas? Bom, seja lá o que for, é hora de levantar: serrinha é coisa séria!
Despedimo-se-me-nos do Zezinho (figuraça) e saímos do Açungui margeando o rio de mesmo nome até a localidade de Jacaré - muito conhecida por, por... por ser a localidade Jacaré. Paramos no primeiro bar (1bar) onde conhecemos o Pai do Lori, senhor que nos contou pacatamente a história das cobras de 4m de altura e cabeça de 40cm que andavam comendo vacas às margens do rio (ah, cobrinha safada).
- Carnaval de Bar-em-Bar
- Pode parecer decepcionante, pierrônico leitor, mas realmente passamos o carnaval bebendo de bar em bar, filosofando com os devotos do álcool sobre vida, sinuca e futebol. Tudo bem que nosso mote maior era a fuga do sol incinerante, assim como nosso líquido precioso era Laranjinha da Serra (ou refrisemelhantes). Era o jeito, uma vez que o clima é muito quente e úmido no Vale da Ribeira, ainda mais no verão, ainda mais com subida, ainda mais de bicicleta (e ainda mais um pouco).
Estrada afora, chegamos ao 2bar, realmente animado: uma competição em alto e bom som entre um CD sertanejo, um filme passando na TV, um pessoal jogando sinuca, uma criança chorando e odois conversando. Tudo isso no espaço de dois quartos, ou seja, praticamente um meio - ou melhor, o único meio de parar na sombra antes de encarar a "Serrinha de São Sebastião" (não era apenas sonho do thiago).
Lávamo-nós serrinha acima (nem tanto, conseguimos fugir da chuva). O 3bar estava mais calmo, sem eletrônicos ligados (a luz tinha acabado). A chuva passou enquanto bebíamos (gasosa de abacaxi) e comíamos (empanado de frango e linguiça frita) segundo a dieta típica da região.
Depois de muita serra e muito morro, iniciamos o trecho que segue o Rio Ribeira, rumo a Cerro Azul (descendo, felizmente). A situação não estava diferente do Açungui: água barrenta e sinais de destruição por todo lado. Não pudemos sequer identificar a prainha em que ficamos em outra viagem.
- Nota de receptividade
- A população de Cerro Azul é realmente muito acolhedora. Mal avistávamos sinais de urbanização quando uma senhora nos cumprimentou, calorosamente, da janela de uma grande casa rosada: Delíííícia! Em seguida algumas meninas saíram à varanda acenando com efusão, mostrando tanto sua receptividade quanto suas vergonhas. Percebemos que lá teríamos pouso garantido, mas seguimos adiante dada a sábia frase do presidente da comissão de ética do odois (o du): coooooorrrre que é roubaaaaada!!!
Paramos no primeiro Hotel da cidade: preço e localização razoáveis, o único receio era a baderna do carnaval. O thiago e o arce seguiram alguns quilômetros em busca de uma pousada mais retirada (a do baiano). Nesse meio tempo fomos abordados pelos pessoal que opera o rafting no Rio Ribeira (Praia Secreta Expedições). Demos ótimas risadas com esse povo tão metido em aventuras quanto nós e, de quebra, ganhamos uma dica preciosa sobre a escolha do pouso: hoje (carnaval!), na pousada (do baiano!), ninguém dorme!
Com os 2% de energia restantes, saimos para "dar uma olhada" no carnaval de Cerro Azul. Foi o suficiente pra entender (relembrar?) o porque de estarmos viajando pelo interior, fugindo do carnaval. Logo fugimos desse também. Ou você achou que que nós iríamos dormir na pousada do baiano? Ê, nóis!

hora da merenda, todo mundo em fila!

o morro alto que não se vê na foto é o cemitério local

disque o pessoal tem que morrer com saúde pra poder chegar lá no alto

enquanto isso, a gente some pra baaaaaixoooo

quer um panorama de onde o rio faz a curva?

na ponte do jacaré nada de encostas

força, piazada, que ainda temos muito bar pela frente!

você consegue ver um dom quixote desenhado no bigode no céu?

olha, se não fosse plágio, batizaria a região de morretes

já sei, já sei! é um cavalo!

gente, por favor, apenas um donivan por vez!

um pouco de sombra, ah, já tá na hora de descansar e comer

olha que bonitinho! como você chama, baconzitos, é?

hei, vem cá, eu tava só brincando! porcaria...

leitoadas à parte, olha só quem tava virando toucinho

bah, toca um night fever aí!

o artesbarnato local não fez nossa cabeça

todos digam "suei"! inclusive o iluminathi lá do fundo

tá vendo a subida? - tô? - sujou! - também sujei!

vamos, gente! se não for por vocês, seja por são sebastião!

encontre o cicloturista e esconda sob o ponteiro do mouse!

bah, o cume é uma conquista realmente relevante, ahn?

cara de nojo por quê? não achou graça, foi?

pois saiba que tem gente que achou, né thi?

cena da abdução do homem-árvore, primeiro teste

o thi, demonstrando que uma estrada pode ser uma quase trilha

e o arce, mostrando como se deve socar a bota na descida

falando em descida, dá uma olhada nisso!!!

ahá, gostou, né? pra baixo, então, brodinho!

descida alucinada, não deu tempo de produzir fotos acerca dela

alucinada era a galera que encontramos na ponte (mas eles logo saltaram fora)

errando a pista feio! qual era a conta dos bares, mesmo?

thi, não é por nada, mas não olhe pra trás agora

ô ô ô ô du, não vai participar da coreografia, é?

mais um bar, dá azia só de pensar (e ainda precisamos comer)

ah, esse era o famoso bar do há lemão!

o que sobrou do almoço radioativo

putz, chuva lá fora é um pé no saco aqui dentro

eu quero saber o que faz uma banqueta quase do teu tamanho lá atrás!

mãe, cubro os tijolos com que lona? - com todas, minha filha!

sacanagem foi deixar a ceci (pormaisque azul) na chuva, né?

foto de bons fluídos para ver se o tempo bon sai

rato, o porco ali de cima era mais cachorro que você!

aqui dá pra ver que ainda tinha umas montanhas em construção

vambora, thi, quebrou o carro alegórico da mata atlântica, deixa para trás

verde, verde, verde, verde. bacana. e mais um pouco de verde

a essa altura a chuva já tinha nos deixado em paz

arce, deixa de fazer manha, come uma goiabinha, vai

a prefeitura e a pomba (isso dá no máximo uma minissérie do sbt)

comida e filosofia dialética para o jantar

cicloturista colorido em faixas acaba o dia babando na sala
Dormindo no hotel, com café posto, saímos cedo a ponto de pegar o clima ameno da manhã. Precioso, dado que hoje seria dia de recuperar a altitude deixada para trás durante a viagem (altitude inicial: 320m!).
É inegável a beleza da estrada: grande parte coberta por árvores, com muito zig-e-zag, sobe-e-desce-e-sobe, deixando a brincadeira nada monótona. Seguimos 25km (subidos, quase todos) até a primeira parada no posto de fiscalização (no posto, não: no bar em frente!). A descida que precede o posto é forte candidata a velocidades acima de 70km/h (de bicicleta). Bem divertido, mas lá se vão preciosos metros de altitude que terão que ser subidos novamente...
A parada foi providencial para arrumar mais um pneu furado do lulis (já era o 3º da viagem). Fizemos dois animados amigos (o primo da prima e a prima dele) que nos indicaram uma cachoeira por ali. Tentados, declinamos dada a ascendente perspectiva do dia: ao que parecia, em breve entenderíamos o real signficado de "subir a serra".
Antes da subida derradeira (aquela da máxima a 79km/h, só que na ida (agora prometendo velocidade mínima)), mais uma parada. Sol forte, já no 6bar ou 7bar da viagem (perdemos a conta - ê, povo que gosta de agito), os alcoófilos locais nos divertiam com contos da bizarrice regional enquanto reparávamos o pneu dianteiro do lulis (de volta!). Furo reparado, roda montada e... POUUU! Mais um furo, antes mesmo de partir (eficiência!). Admitindo nossa incapacidade momentânea, recorremos ao borracheiro (e dono do bar) que por R$1 arrumou direito as duas câmaras (pormaisque uma tenha furado no dia seguinte).
- Nota ao thi métrica
- Sapatilha, corda, mosquetão, cadeirinha e magnésio prontos. Já podemos começar a escalada rumo à cota 1.000m de altitude!
Na subida, surpresa para os bike boulders: uma pick-up descendo rápido, freia bruscamente! Ré ainda mais brusca! Entre o medo e a curiosidade, desce o vidro: Dr. Neves, chefe-orientador do lulis (e excelente humorista nas horas vagas). Algumas risadas depois, cada qual segue seu caminho: nós queimando a pele no sol e o impagável Neves, segundo ele mesmo, queimando diesel.
Tardamos a alcançar Rio Branco do Sul - tão tardado que não restou chance de almoçar. Receando um temporal que não veio abaixo, fizemos praticamente um picnic em um bosque central (praticamente um Barigui, só que sem o Barigui), só que sem a toalha. O trecho final foi mais tranquilo, com sol fraco, chuvisco e uma pequena parada para gastar os centavos finais em um merecido caldo de cana.
Chegamos em Curitiba cansados, mas em paz - sensação um tanto quanto alienígena para um feriado de Carnaval. Típica folia à moda cicloturística que, certamente, valeu (e vale!) a alegoria! Ê, nóis!

todos no pique, aproveitando a velocidade e o frescor da manhã

todos alinhados para começar a caça à altitude?

e foi dada a largada (alargada no pseudo-acostamento, mesmo)

opa, peraí que eu vou dar uma disfarçada pra fingir que é descida

carnaval é assim, tem terra por tudo que é canto

fé, gente, nem toda curva esconde outra subida

tá, algumas curvas não escondem mesmo

vejam pelo lado bom, não tem nenhuma outra alegoria na rua!

falei cedo. sabe como é que o pato atravessa a rua?

botando uma pata depois da outra! mas essa aqui é uma abelha, mesmo

mais um bar: garçon, pendura aí!

dando sequência à epopéia da libertação das câmeras...

ah, malandrão, cicloturista serra acima tu não leva não, né?

foi tanto furo que deu tempo de fazer amizade com o pessoal do bar

humn, parado assim, deixa eu adivinhar: furo do lulis

idem ao comentário da foto anterior

bah, piazada, bem que estávamos precisando de uma forcinha

é impressão minha ou vocês ainda estão subindo?

essa curva não esconde outra subida: continua a mesma

ó lá! chegamos lá onde o cabo faz a curva!

eu já tô cansado de ver foto de vocês subindo, dá pra parar um pouco?

humnghnmn.... pára, homi!

opa, valendo uma descidinha agora? e aquela estrada lá no fundo?

ah, era subida, né? sabia, sabia. paradinha pra foto, então?

isso, assim, todas as montanhas paradinhas... agora digam: "sobe!"

lembra de algo assim lá pela foto 19? pois é, estamos voltando por lá, mesmo

há, os campos de altitude de mr. heil! aqui o bigode dá no mato!

impressão minha ou o arce estava fantasiado de anjinho com asa e tudo?

ah, picnic em rio branco! até a grama a gente comeria se não tivesse jeito!

alô povão, olha a animação da marquês de sapucaí curitibana!
Serviços #
Hotel Laranjeiras. Gildo Stival (41)3662-1212. R. Marechal Floriano Peixoto, 213 - Cerro Azul - PR.